Oito pessoas foram
presas nesta terça-feira (24) suspeitas de sonegar R$ 30 milhões em impostos de
bebidas. A “Operação Escócia” cumpriu oito mandados de prisão, sendo seis
mandados de prisão temporária e dois mandados de prisão preventiva, contra
empresários, contadores e facilitadores em Fortaleza, Caucaia, Maracanaú,
Eusébio, Juazeiro do Norte, Iguatu,
Crateús e Quixadá. Foram também cumpridos 32 mandados de busca e apreensão.
As investigações iniciaram em maio de 2019 após empresas concorrentes
denunciarem a Sefaz que a empresa vendia produtos com preços muito abaixo do
preço de mercado. Foram então realizadas 47 quebras de sigilo fiscal e bancário
em pessoas fisicas e jurídicas.
Em Iguatu um mandado de prisão foi
cumprido. Foi preso Eduardo Alcides Montezuma Silva, 54 anos. A polícia não
detalhou qual era a suposta participação no esquema investigado.
De acordo com o promotor de Justiça e coordenador do Grupo de Atuação Especial
de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf), Ricardo Rabelo, o grupo criminoso
burlava a entrada da mercadoria no Ceará. A bebida vinha de outros estados e o
produto não passava pelo posto fiscal fazendário.
“Uma das formas que o grupo agia era na aquisição de bebidas quentes vindas de
outros estados. O produto quando entra no estado do Ceará evidentemente tem que
passar pelo posto fiscal e recolher o tributo na entrada da mercadoria. O
produto não entrava pelo posto fiscal fazendário. Pegava outro caminho. Isso
inclusive foi identificado por câmeras de segurança de vídeo. Entrava de forma
clandestina sem recolher o tributo. E a nota era destinada a uma empresa de
fachada”.
Ainda segundo Ricardo Rabelo durante as investigações foi comprovado que o
grupo criminoso ocultava bens como imóveis e carros de luxo em nomes de
empresas que não existiam.
Fonte - G1 CE
Nenhum comentário:
Postar um comentário