O acusado foi demitido dos quadros da Polícia Militar, mas responde ao processo criminal em liberdade
Um ex-policial militar
ainda não foi julgado por um homicídio ocorrido em 2004 - há quase 18 anos - em
Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). O acusado foi demitido
dos quadros da Polícia Militar do Ceará (PMCE), em um processo administrativo
gerado pelo crime, mas responde ao processo criminal em liberdade.
O juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Maracanaú, da Justiça Estadual,
determinou, no último dia 30 de maio, que o supervisor da Unidade marque uma
data para Valdemir da Silva Barbosa,
de 43 anos, ser julgado no Tribunal Popular do Júri, após longo imbróglio na
ação penal.
Conforme documentos, o julgamento estava marcado para acontecer no dia 27 de
setembro do ano passado, mas o magistrado decidiu cancelar a sessão em razão da
"pandemia do Covid-19, chegada de nova variante (da doença) e não
totalidade de jurados e servidores vacinados com a segunda dose".
Valdemir Barbosa foi pronunciado (isto é, a Justiça decidiu levá-lo a
julgamento) em fevereiro de 2015. Entretanto, o acusado recorreu da decisão, e
o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) a anulou, em janeiro de 2016, por
entender que a sentença de pronúncia "se mostra absolutamente desprovida
de fundamentação no tocante às qualificadoras".
VÍTIMA FOI MORTA EM CONFUSÃO NA RUA - Valdemir da Silva Barbosa é acusado de matar Francisco Adriano Teixeira da Silva com um tiro em Maracanaú, na
madrugada de 25 de outubro de 2004.
Conforme a denúncia do Ministério Público do Ceará, apresentada em 8 de
março de 2005, Francisco Adriano saía de uma festa com amigos, quando outros
dois homens começaram a brigar e um deles agrediu uma mulher. O suspeito foi
perseguido e se escondeu em uma casa.
O então soldado Valdemir Barbosa, de folga e a paisana, passava pelo local,
quando parou o seu veículo para questionar a motivação da movimentação em
frente à residência. De acordo com o MPCE, o PM deu um tapa nos peitos de um
homem, momento em que Adriano se aproximou e pediu "calma".
Ato contínuo, o delatado, sem que tivesse havido qualquer agressão por
parte da vítima, apontou seu revólver em direção à cabeça da vítima e atirou.
Após a prática do delito o acusado entrou no carro e empreendeu fuga. O móvel ensejador de tão hediondo crime, decorreu
de simples arrogância do acusado, despreparado em sua função policial militar".
RÉU FOI DEMITIDO DA POLÍCIA MILITAR - Valdemir da Silva Barbosa foi demitido dos quadros da Polícia Militar do Ceará, por decisão da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), em julho de 2018.
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