14 pessoas morreram no episódio - O Conselho de Justificação
instaurado pela Controladoria tem como objetivo apurar a incapacidade dos
oficiais em permanecer no serviço ativo da PM
A Controladoria Geral
de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD) retomou a investigação
contra três oficiais da Polícia Militar do Ceará (PMCE) acusados pelo crime de
fraude processual no episódio que ficou conhecido como 'Chacina de Milagres'. Nessa quinta-feira (21), a CGD publicou
oficialmente que promoveu o desarquivamento do Conselho de Justificação
instaurado em desfavor do trio.
O tenente-coronel Cícero Henrique
Beserra Lopes, tenente Joaquim Tavares Medeiros Neto e o tenente Georges Aubert
dos Santos Freitas.
A tragédia em Milagres completa quatro anos no próximo mês de dezembro. 14
pessoas morreram no episódio ocorrido na cidade do Interior do Ceará, que
comoveu a população. Ao todo, 15
policiais militares são acusados de crimes relacionados ao caso.
A SUPOSTA FRAUDE - Em 2019, o MPCE ofertou
denúncia em decorrência das mortes e da fraude processual. A investigação
apurou que as lesões que causaram as mortes de cinco reféns foram provocadas
por disparos de fuzil efetuados por policiais.
Ainda segundo a denúncia, um aparelho de DVR de uma câmera de segurança
próximo às agências bancárias foi formatado duas vezes pelos policiais na manhã
do dia 7 de dezembro de 2018. "Além
disso, após o término das ações, alguns policiais, auxiliados por terceiros,
recolheram projéteis e moveram os cadáveres com o objetivo de induzir a erro os
agentes da perícia forense que examinariam a cena do crime".
O processo criminal segue em andamento, no aguardo da realização das
audiências de instrução e julgamento.
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