Quatro pessoas foram mortas na ação, incluindo dois meninos
de 12 e 14 anos e um idoso de 70 anos - Quatro homens são réus pelo crime
Os quatro homens presos
pelo assassinato de quatro pessoas em Monsenhor Tabosa (Sertão dos Crateús), em
24 de maio último, viraram réus.
A Vara Única da Comarca de Monsenhor Tabosa aceitou a denúncia do Ministério
Público Estadual (MPCE) na última quinta-feira, 30.
Respondem pelo crime: Francisco Romário
Lima Pereira, de 26 anos; Edson Bezerra Pereira, de 21 anos; Pedro Juscelino da
Silva Rodrigues, de 21 anos; e Vitor Hugo Alves da Silva, de 21 anos.
Entenda a denúncia sobre a chacina - Conforme a denúncia do MPCE, o verdadeiro alvo dos criminosos era um
homem apontado como integrante da facção criminosa Comando Vermelho (CV) —
enquanto os réus são acusados de pertencer a Guardiões do Estado (GDE).
A investigação mostrou que os criminosos invadiram a casa desse desafeto,
por volta das 6 horas da manhã, e começaram a disparar
"desvairadamente" contra todos que estavam no local.
Nesta ação, foram mortos: Joaquim Nunes da Silva, de 70 anos, Marcelo Lima
Santos, de 14 anos, e João Francisco Lima Santos, de 12 anos.
“Os dois últimos, ao que tudo indica, foram atingidos ainda enquanto
dormiam”, afirmou o MPCE.
A denúncia afirma que os criminosos, então, foram a um dos quartos da
residência e atiraram contra as pessoas que ali estavam.
Foram feridas duas meninas de 10 e 11 anos e uma adolescente de 18 anos,
parentes do desafeto alvo da ação. Ainda segundo a denúncia, o homem estava no
mesmo quarto, mas as meninas acabaram servindo como "proteção" a ele.
Após deixarem três mortos e três feridos, os criminosos então saíram à
procura de um outro rival.
Cerca de 10 minutos mais tarde, eles localizaram Francisco das Chagas
Pereira dos Santos, de 40 anos, na calçada de seu comércio e o executaram com
18 tiros. Eles ainda teriam gritado para a vítima antes da ação: “te vira pra morrer"
Como os acusados foram encontrados - Os quatro acusados foram encontrados em um carro, interceptado pela
Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-020, em Canindé, a 120 quilômetros de
Monsenhor Tabosa.
Com eles, a Polícia ainda encontrou três pistolas, um revólver e 185
munições.
Em depoimento, Francisco Romário, Vítor Hugo e Pedro Juscelino negaram
envolvimento na chacina, embora os dois primeiros tenham confessado ser
integrantes da GDE e não tenham negado a posse do material apreendido.
Edson Bezerra, porém, confessou participação na chacina. Em seu depoimento,
ele disse que o grupo atirou em todos que estavam na casa por "não
saberem" quais deles eram o homem que procuravam.
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