Nilton Pires Amaro de Castro, 25 anos, é suspeito de ter dado suporte para o assassinato de Givanildo de Oliveira, em fevereiro deste ano
Um dos acusados por
envolvimento na morte do comunicador Givanildo
Oliveira, criador da página de notícias independente, Pirambu News, foi
preso nesta terça-feira (30), em Fortaleza.
Givanildo foi assassinado no dia 7 de fevereiro deste ano, após divulgar em seu
portal a prisão de um suspeito de homicídio. A postagem desagradou integrantes de uma organização criminosa.
Conforme a Polícia Militar, Nilton Pires Amaro de Castro, 25 anos, que ficou
perto do local para dar suporte a morte do comunicador e estava foragido desde
o dia do crime, foi capturado pelos agentes após cair do telhado de uma casa ao
tentar fugir de uma abordagem policial.
Na ocasião, ele estava na companhia de Francisco Demis Amaro Sousa, 27 anos,
que também foi preso.
Segundo a PM, os homens alegaram que fugiram da polícia porque estavam de posse
de armas de fogo e na fuga arremessaram uma mochila com armamento. A bolsa foi
localizada pelos agentes contendo uma espingarda, uma pistola, um revólver e
munições.
A dupla foi socorrida em virtude da queda do telhado. Em seguida, os homens
foram apresentados no 7º Distrito Policial, onde foi feita a autuação por porte
ilegal de arma de fogo e cumpridos dois mandados de prisão em aberto contra
Nilton Pires, um deles pela morte do dono da página Pirambu News.
Nilton já tem antecedentes criminais por dois homicídios, porte ilegal de arma
de fogo e receptação. Já Demis responde por porte ilegal de arma de fogo e crime
contra a economia popular.
Dois suspeitos seguem foragidos - A morte de Givanildo completou seis meses no último dia 7 de agosto. Após
a conclusão do inquérito, cinco pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil,
destas, quatro foram denunciadas pelo Ministério Público do Ceará. Um deles foi
preso. Agora, com a captura de Nilton, dois seguem foragidos.
"Gigi", como era
conhecido, era o editor e administrava as redes sociais do canal, que se
dedicava a produzir conteúdo, principalmente sobre violência, denúncias e casos
que ocorriam nos bairros da região do Pirambu, área de vulnerabilidade social
da capital. O portal acumulava milhares de seguidores no Instagram, Facebook,
YouTube e no blog de notícias à época em que ele foi assassinado.
O crime repercutiu
nacionalmente, e a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e
Cultura (Unesco) pediu a abertura de um inquérito para apurar o assassinato,
que considerou o crime como um ataque à liberdade de expressão e de imprensa.
A Polícia Civil informou que concluiu e remeteu à Justiça o inquérito policial
que investigava as circunstâncias da morte do comunicado.
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