Dois principais investigados já estavam no Sistema Penitenciário
cearense - Servidores públicos foram alvos de mandados de prisão, nesta
sexta-feira
Membros de uma facção
criminosa de origem paulista, alvos da Operação
Espelho Branco 2, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira
(12), movimentaram mais de R$ 10 milhões no Ceará e lavaram dinheiro com a
compra de imóveis e veículos e com o investimento em empresas de eletricidade e em bandas de forró.
Os policiais federais cumpriram 6 mandados de prisão temporária e 9 mandados de
busca e apreensão. Os principais alvos da ofensiva policial eram os irmãos Odemir Francisco dos Santos, o 'Branco', e
Gustavo dos Santos, que já se encontravam no Sistema Penitenciário
cearense, desde que foram detidos na primeira fase da Operação, em novembro do
ano passado, em razão de mandados de prisão condenatória.
Os irmãos levavam uma vida de luxo no
Ceará, desde ao menos agosto de 2021. E foram descobertos graças ao encontro
de Odemir - apontado como uma chefia da facção - com Davi Salviano da Silva, o
'Véi Davi', em um hotel na Avenida Beira-Mar, em Fortaleza. Davi foi condenado
pela Justiça Federal no Ceará por ser um dos líderes do furto de R$ 164 milhões
do Banco Central em Fortaleza, em agosto de 2005, e voltou ao cárcere em
outubro do ano passado..
O aprofundamento das investigações mostrou que os irmãos Odemir e Gustavo, com
ajuda de 'laranjas' e outras pessoas, movimentaram pelo menos R$ 10 milhões no
Ceará, em cerca de 4 meses. Eles saíram
de São Paulo em busca de 'lavar' dinheiro com origem criminosa e de ter uma
vida luxuosa.
Questionado sobre quais bandas foram contratadas, o delegado Alan Robson
afirmou que não pode afirmar os nomes ou a quantidade, mas "foram várias".
Os investigados se aproveitavam para tirar fotografias e fazer vídeos, com
artistas famosos, para ostentar nas redes sociais. "Vai ser apurada qual a participação dessas bandas".
Os outros quatro alvos de mandados de
prisão da Operação são dois servidores públicos, um empresário do ramo de
revenda de veículos e um motorista, suspeitos de participarem do esquema
criminoso de lavagem de dinheiro. A PF não divulgou os nomes dos investigados
nem a área de atuação.
Os investigados podem responder, no Inquérito, pelos crimes de lavagem de
dinheiro, organização criminosa e tráfico de drogas. Se somadas, as penas
chegam a 40 anos de prisão.
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