Um capitão da Polícia
Militar do Ceará (PMCE) foi indiciado por tentativa de homicídio e porte ilegal
de arma de fogo. O oficial é suspeito de alvejar a tiros um outro capitão, este
do Exército Brasileiro. Constam em documentos que o crime teve motivação política e aconteceu na Messejana, no dia 30
de outubro, data do 2º turno das eleições para presidente no Brasil.
Na última quinta-feira (10), a Controladoria Geral de Disciplina (CGD), segundo
publicou no Diário Oficial do Ceará, instaurou um conselho de justificação com
a finalidade de apurar as condutas transgressivas atribuídas ao oficial da
Corporação, "bem como a sua incapacidade para permanecer na situação de
inatividade da Polícia Militar do Ceará". O suspeito segue detido.
A Delegacia de Assuntos Internos (DAI) indiciou o PM no último dia 7 deste mês.
Não há informações sobre o atual estado de saúde da vítima.
A CGD destacou que, supostamente, o principal motivo da briga que ensejou os
disparos foi uma discussão política, decorrente da retirada de alguns adesivos
e bandeiras de veículos por parte do oficial preso. A vítima teria presenciado
a ação ocorrida dentro do próprio prédio onde residiam e reclamado com o
porteiro do condomínio.
DETALHES DA OCORRÊNCIA - O capitão contou na
delegacia que por volta das 00h30 do dia 30 de outubro chegou ao condomínio e
foi chamado por amigos do prédio a beber. Recusou o convite para ingerir bebida
alcoólica porque estaria tomando remédios, mas ficou na companhia dos colegas.
Um dos amigos, já embriagado, teria proposto que ele e aos demais que
arrancassem bandeiras e adesivos do carro dos condôminos que estavam com a
bandeira do PT. O suspeito aceitou a sugestão. Instantes depois ele foi visto
pela vítima segurando uma bandeira rasgada do PT e alguns adesivos.
A vítima teria repreendido e eles começado a discutir. Testemunhas falam que o
capitão vítima foi ameaçado e confrontou o desafeto o desafiando a atirar. Foi
quando aconteceram os disparos.
Neste momento, o policial militar teria sacado a arma e efetuado o primeiro
disparo. Mesmo já tendo atingido a vítima, efetuou mais dois disparos. A vítima
foi socorrida por familiares e o suspeito fugiu do local do crime.
O PM passou a ser procurado e teve o carro interceptado já em Aquiraz. Ele foi
conduzido à delegacia onde prestou esclarecimentos sobre o fato. Já diante aos
investigadores, o policial militar confessou em depoimento que é eleitor do
Bolsonaro e que "retirou a bandeira do PT pelo fato do dono do carro
esbanjar riqueza".
Ele disse ainda não
negou ter efetuado os disparos e entregou a arma de fogo usada na ação.
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