Cenário do próximo ano pode ser semelhante ao da quadra
atual, em que as chuvas fecharam acima da normal climatológica
A quadra chuvosa do próximo ano pode ser, pela segunda vez consecutiva,
acima da média. Essa tendência se deve ao fato de o fenômeno El Niño ter,
atualmente, projeção de manutenção de seu enfraquecimento até 2023.
Para entender a atuação dos agentes climáticos é preciso, antes, decifrar a
ocorrência das chuvas no Estado. O Ceará tem dois períodos distintos onde as
precipitações se concentram: fim do ano, entre dezembro e janeiro e; entre
fevereiro a maio, quadrimestre no qual os maiores volumes se acumulam.
O período é chamado de ‘quadra chuvosa’ e, todos os olhares se voltam para ele
por ser o mais importante para o abastecimento humano, agricultura e recarga
hídrica dos açudes.
Para cada um desses intervalos, um combo distinto de fenômenos se manifesta. Na
quadra chuvosa, quando há o enfraquecimento do El Ninõ, há maior chance de
chuvas dentro ou acima da normal climatológica.
O El Niño é um fenômeno que consiste no aquecimento anormal das águas e que
altera as condições de chuva no Nordeste.
Neste ano, com a
atuação mais forte da La Ninã, o quadrimestre fechou de forma positiva.
Conforme a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), as
chuvas ficaram cerca de 10% acima da média, confirmando a previsão inicial do
órgão cearense, que apontou chances de precipitação além da normal
climatológica em 2022. Para o próximo
ano, este cenário pode se repetir.
A La Niña é o esfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico
Equatorial. Quando ela está atuando, aumentam as chances de ocorrência de
chuvas em uma porção do Brasil, que contempla o Ceará.
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