terça-feira, 8 de novembro de 2022

Policial penal suspeito de assédio sexual contra advogadas no Ceará é afastado das funções pela CGD

O servidor confessou os crimes e apresentou atestado médico que sofre de transtorno psiquiátrico

Policial penal suspeito de assédio sexual é lotado na Unidade Prisional Professor Clodoaldo Pinto

Um policial penal que atuava em um presídio cearense, denunciado por diversas advogadas criminalistas por assédio sexual, foi afastado preventivamente das funções pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD). O servidor confessou os crimes e apresentou atestado médico indicando que sofre de transtorno psiquiátrico.
Em nota emitida nesta terça-feira (8), a CGD confirmou que "instaurou processo administrativo disciplinar em desfavor do policial penal, acusado de assédio sexual, com determinação do seu afastamento preventivo".

CONTROLADORIA GERAL DE DISCIPLINA - O número de advogadas vítimas de assédio sexual cometido pelo policial penal chegou a seis. Quatro delas já prestaram depoimentos à Delegacia de Assuntos Internos e outras duas têm depoimento marcado com os investigadores.
Segundo as mulheres, o policial penal acessava os dados pessoais das advogadas através do sistema de informações do Sistema Penitenciário e entrava em contato com as mesmas para assediá-las e persegui-las. O suspeito chegava a dar detalhes sobre as roupas que elas utilizavam e diziam o endereço das mulheres, com o objetivo de tirar vantagem sexual.

Uma das vítimas fingiu interesse nas investidas para descobrir identidade do suposto assediador

POLICIAL PENAL ALEGA TRANSTORNO PSIQUIÁTRICO - O policial penal suspeito de assédio sexual contra as advogadas, se apresentou à Delegacia de Assuntos Internos, na última segunda-feira (7), para prestar esclarecimentos sobre as denúncias.
O servidor da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), lotado na Unidade Prisional Professor Clodoaldo Pinto (UP-Itaitinga2) - antiga CPPL II - confessou os crimes e apresentou atestado médico que sofre de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), com vício em pornografia e erotização da figura feminina.
Devido ao atestado médico, o policial penal entrou de licença médica na SAP para tratar a doença - antes de ser afastado preventivamente pela CGD.
O policial penal afirmou ainda que é viciado em pornografia e em jogo de aposta de futebol e, com o tempo, passou a ver as mulheres como objetos. Por isso, segundo ele, tentava se aproximar das advogadas pelas quais se interessava.

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