Segundo o Diário Oficial de Justiça, há indícios de que os seis policiais penais cometeram, pelo menos, 35 crimes de tortura entre os dias 19 e 20 de setembro deste ano
Seis policiais penais
denunciados pelo Ministério Público do Ceará viraram réus em denúncia de
tortura contra detentos da Unidade Prisional Professor Olavo Oliveira 2 (UPPOO
2) em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza. A decisão foi publicada
no Diário Oficial de Justiça na última sexta-feira (11).
Conforme consta na decisão, há indícios de que os seis policiais penais
cometeram, pelo menos, 35 crimes de tortura nos dias 19 e 20 de setembro deste
ano. Também teria sido caracterizado, contra os policiais, delito de associação
criminosa qualificada.
Investigações apontam que vários detentos foram agredidos e torturados pelos
policiais penais, integrantes da equipe de agentes penais, sem qualquer motivo
aparente.
Além disso, após inspeção realizada, conforme a denúncia do Ministério Público,
foram verificados diversos detentos com escoriações, hematomas e lesões
corporais, levando-se a crer que eram lesões recentes.
Prisão dos policiais - Os policiais penais
foram presos em 17 de outubro pela prática de tortura contra detentos de
presídios do Ceará. Eles foram detidos durante uma operação do Ministério
Público em parceria com a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de
Segurança Pública.
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e quatro mandados de
prisão preventiva contra os policiais penais.
A investigação aponta a prática de diversos episódios de crime de tortura
praticados ao longo de 2022 por policiais penais contra detentos da Unidade
Prisional Professor Olavo Oliveira II, em Itaitinga. Segundo o Ministério
Público a natureza dos crimes investigados são considerados hediondos.
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