terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Mulher entra em hospital para dar à luz e sai com mão amputada

Hospital afirmou que irá investigar internamente os procedimentos adotados no atendimento à paciente

Mulher com a mão amputada segura bebê

Uma mulher de 24 anos de idade deu entrada em um hospital de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, para dar à luz, no dia 9 de outubro do ano passado, e teve a mão e o punho esquerdos amputados pela equipe médica. Até hoje, a família não sabe o que aconteceu. O caso é investigado como lesão corporal culposa.
A mulher, que preservou sua identidade, estava com 39 semanas de gestação quando deu entrada no Hospital da Mulher Intermédica. O filho dela nasceu no dia 10 de outubro, de parto normal, pesando em torno de 3 kg.
A paciente, porém, teve hemorragia pós-parto. E, segundo familiares dela, devido à complicação, os médicos tiveram de criar um acesso venoso em sua mão para introduzir uma medicação. Só que, durante o procedimento, ela disse ter sentido muita dor e incômodo e o membro foi ficando roxo e muito inchado.

QUADRO SE AGRAVOU - Como o quadro da vítima se agravou, ela foi transferida para outro hospital da mesma rede, em São Gonçalo. Foi lá que, três dias após o parto, a família soube que ela teria de ter a mão amputada.
"Para mim, está sendo um recomeço. Estou me refazendo. Eu tive a minha mão por 24 anos. Fui apenas ganhar um bebê e voltar sem ela, para mim, foi um pouco estranho. Para qualquer pessoa", contou a paciente, que teve de passar 17 dias internada e longe do próprio filho recém-nascido. Eu perdi a oportunidade de ver meu filho nos primeiros dias. De amamentar. Meu peito ficou produzindo leite por três dias, mas é como se eu tivesse tido um aborto".

O QUE DIZ O HOSPITAL - Em nota, o Hospital da Mulher Intermédica afirmou que se solidariza com a vítima e que lamenta o fato. Disse ainda que vai apurar internamente o caso e os procedimentos adotados durante o atendimento à paciente.
O caso está sendo investigado pelo 41º Distrito Policial como "lesão corporal culposa". Neste momento, os policiais colhem depoimentos de testemunhas e solicitam documentos médicos para ajudar a elucidar o caso.

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