terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

PM preso com drogas já era investigado por desaparecimento de munições da Corporação no CE

Polícia Militar do Ceará concluiu que o sargento cometeu crime militar ao não apresentar 33 munições do Órgão, em abril do ano passado.

Um sargento da Polícia Militar do Ceará (PMCE), preso em flagrante na posse de mais de 20kg de drogas, no Estado do Piauí, na última quinta-feira (2), também responde a um Inquérito Policial Militar (IPM), no Ceará, por desaparecimento de munições da Corporação.
O IPM contra o sargento Tercio Allen Neves Feitosa foi aberto pelo 13º Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Tauá, na Região Sul do Ceará, no dia 28 de abril de 2022.
O militar apresentou uma Licença para Tratamento de Saúde (LTS), dias antes, e, ao entregar a arma funcional à Corporação, deixou de apresentar 33 munições calibre Ponto 40, pertencentes ao 13º BPM.
No dia 27 daquele mês, o sargento Tercio entrou em contato com um colega de farda pelo aplicativo WhatsApp para pedir que o mesmo fosse lhe encontrar na Rodoviária de Tauá, para entregar as munições que faltavam.
A entrega de 33 munições foi realizada às 8h do dia 28. Entretanto, a investigação mostrou que essas munições haviam sido compradas de uma loja de tiro, sediada em Fortaleza, a partir do Certificado de Registro de Arma de Fogo (CRAF) de Tercio Allen. Questionado por um superior sobre as munições oficiais da PMCE, o sargento preferiu não responder.
A Polícia Militar do Ceará concluiu, no Inquérito, em 26 de agosto do ano passado, que "existem indícios de crime militar" e de transgressão disciplinar. A Auditoria Militar do Ceará, da Justiça Estadual, intimou o Ministério Público do Ceará (MPCE) para se manifestar no processo, em 17 de novembro último, mas ainda não recebeu resposta.

PRISÃO POR TRÁFICO DE DROGAS - O sargento PM Tercio Allen Neves Feitosa foi preso em flagrante, em uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no Município de Picos, no Piauí, na última quinta-feira (2).
R$ 2,4 milhões seria o valor da droga apreendida no veículo do policial militar, um Renault Duster, segundo informações da PRF: 6g de skunk (conhecida como "supermaconha") e 20kg de cocaína.
O militar afirmou que as 6g de skunk seriam para uso pessoal.  "Popularmente conhecido como “supermaconha”, a droga possui uma maior concentração de THC (tetrahidrocannabiol), a substância alucinógena existente na maconha e, por isso, tem um valor muito alto no mercado do tráfico".
Para localizar a carga de cocaína, os policiais rodoviários federais contaram com a ajuda de um cão farejador, já que a droga estava dentro de um compartimento oculto, no porta-malas do carro. O Corpo de Bombeiros foi acionado e prestou auxílio na abertura do compartimento.

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