Raimundo Nonato Vieira Lopes foi preso em flagrante e indiciado por associação criminosa
A Controladoria Geral
de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD) instaurou processo
administrativo disciplinar contra um policial penal suspeito de furtar biquínis
dentro de uma unidade prisional do Ceará. Raimundo
Nonato Vieira Lopes foi preso em flagrante e indiciado por associação criminosa,
já que, conforme investigação da Polícia Civil do Ceará, ele participava do
esquema junto a detentos.
Na última quarta-feira (1º), a CGD publicou no Diário Oficial do Estado (DOE)
que apura a conduta do agente. No dia 30 de novembro de 2022, o policial foi
flagrado subtraindo peças de banho de uma empresa que tem produção industrial
no interior da Unidade Prisional José Sobreira Amorim. O crime foi flagrado por câmeras da unidade.
Para a Controladoria, é preciso "apurar a conduta do servidor no âmbito
disciplinar considerando a suspeita de enriquecimento ilícito, efetiva
lesividade ao erário e aos princípios que regem a administração pública".
INVESTIGAÇÃO - Conforme inquérito que
apura o caso, a empresa procurou a direção da unidade prisional afirmando que
vinha tendo prejuízos. O diretor começou a observar as câmeras de segurança e
flagrou um policial penal pegando um objeto das mãos de um interno e colocando
no bolso da calça.
"A partir desse fato, foi visualizar as câmeras de dentro do galpão e
conseguiu ver toda a preparação do crime".
As atitudes do suspeito foram acompanhadas durante outros dias e percebido
que a ação se repetia com frequência. Por volta das 6h30 do dia 30 de novembro
de 2022, o policial foi flagrado.
O agente teria negado, mas quando foi confrontado pelo diretor acerca das imagens
confessou e entregou a peça que estava no bolso. Na mochila dele teriam sido
encontrados outro biquíni e dois calções de banho. De acordo com a CGD, ainda
foram encontradas no carro do servidor duas capas de chuva pertencentes ao
Estado.
No dia 6 de dezembro do ano passado, o policial voltou à liberdade. Em
decisão na audiência de custódia, o juiz concedeu a soltura e aplicou medidas
cautelares, como a obrigação do policial comparecer mensalmente ao juízo. Ao
concluir o inquérito e remeter ao Judiciário, a Delegacia de Assuntos Internos
(DAI) indiciou Raimundo Nonato por associação criminosa.
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