'Colorido' foi alvo de um mandado de prisão preventiva na Operação Plata, cumprido na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Brasília na última terça-feira
Valdeci Alves dos Santos, conhecido como 'Colorido', de 51 anos, principal alvo da Operação Plata, deflagrada no Ceará e em
outros 8 estados na última terça-feira (14), é apontado pelas autoridades como
o "número 2" do comando geral de uma facção de origem paulista. O posto
foi assumido após a morte de Rogério Jeremias de Simone, o 'Gegê do Mangue', e
Fabiano Alves de Souza, o 'Paca', em território cearense, há exatos 5 anos.
A facção paulista tem atuação em todo o Brasil e até em outros países e tem o
tráfico de drogas como principal atividade. 'Colorido' e Marcos Roberto de
Almeida, o 'Tuta', de 52 anos, passaram a ditar as ordens gerais da facção nas
ruas em 2018 e, na cadeia hierárquica da organização criminosa, estão abaixo
apenas de Marcos Willians Herbas Camacho, o 'Marcola'.
A Operação Plata desarticulou um braço da facção paulista, ligado a 'Colorido'
e suspeito de realizar a lavagem do dinheiro proveniente do tráfico de drogas.
A quadrilha teria "lavado" pelo menos R$ 23 milhões, com a compra de
imóveis, fazendas, rebanhos bovinos e até com o uso de igrejas evangélicas.
A investigação é originária do Ministério Público do Rio Grande do Norte
(MPRN), onde estão instaladas 7 igrejas evangélicas que teriam sido utilizadas
no esquema criminoso. Uma oitava igreja investigada fica em São Paulo.
No Ceará, o Ministério
Público Estadual (MPCE), através do Grupo de Atuação Especial de Combate às
Organizações Criminosas (Gaeco), cumpriu um mandado de busca e apreensão contra
uma mulher, no bairro Meireles, área nobre de Fortaleza.
A mulher em questão é filha de um operador financeiro da facção e também é
suspeita de lavagem de dinheiro. Na residência dela, os promotores de Justiça
apreenderam documentos que comprovam a relação dela com o chefe da facção e
aparelhos celulares, além de reterem o documento de um veículo de luxo, da
marca BMW.
QUEM É 'COLORIDO' NA FACÇÃO CRIMINOSA - Valdeci Alves dos Santos foi alvo de um mandado de prisão preventiva na
Operação Plata, cumprido na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de
Brasília, onde ele está detido desde abril do ano passado, poucos dias depois
de ser preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em uma estrada em
Salgueiro, Pernambuco.
Além de 'Colorido', outros integrantes da alta cúpula da facção paulista
estão presos na Penitenciária Federal de Brasília, como o chefe máximo
'Marcola' e Gilberto Aparecido dos Santos, o 'Fuminho', homem de confiança de
Marcos Herbas Camacho e articulador dos assassinatos de 'Gegê' e 'Paca', crimes
pelos quais ele está detido.
'Colorido' era procurado pela Polícia Federal (PF) desde agosto de 2014,
quando foi beneficiado por uma saída temporária do sistema penitenciário e não
retornou. As investigações policiais apontavam que o líder da facção passou um
tempo escondido na Bolívia, de onde coordenava o tráfico internacional de
drogas.
De acordo com um investigador do crime organizado no Ceará (que pediu para
não ser identificado), 'Colorido' assumiu a posição de "número 2" da
facção paulista, junto com Marcos Roberto de Almeida, o 'Tuta', de 52 anos,
após a morte de 'Gegê do Mangue', que exercia a função.
A facção paulista tem atuação em todo o Brasil e até em outros países e tem
o tráfico de drogas como principal atividade. 'Colorido' e 'Tuta' passaram a
ditar as ordens gerais da facção nas ruas em 2018 e, na cadeia hierárquica da
organização criminosa, estão abaixo apenas de Marcos Willians Herbas Camacho, o
'Marcola'.
MORTE DE 'GEGÊ' E 'PACA' NO CEARÁ
Os assassinatos de Rogério Jeremias de Simone e Fabiano Alves
de Souza completaram 5 anos, nesta
quarta-feira (15). A dupla foi morta a tiros, em uma reserva indígena em
Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
As investigações policiais apontaram que 'Gegê do Mangue' e 'Paca' foram
surpreendidos e executados por membros da própria facção criminosa, após um voo
de helicóptero. O crime teria sido ordenado pelo alto comando da facção, que
desconfiava que a dupla estaria desviando dinheiro do tráfico de drogas, para
luxar no Ceará.
Os assassinatos de Rogério Jeremias de Simone e Fabiano Alves de Souza
completaram 5 anos, nesta quarta-feira (15).
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