A mulher é apontada pela Polícia Civil como responsável pelo
envio de grande quantidade de cocaína da região Norte do Brasil ao Ceará
A advogada Wanessa Kelly Pinheiro Lopes, presa em Iguatu, Interior do Ceará, e investigada por tráfico interestadual de drogas,
permanece com situação regular no Cadastro Nacional de Advogados (CNA). A
condição permite que ela ainda exerça a profissão, já que o caso ainda não
chegou ao Tribunal de Ética e Disciplina, da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB) Secção Ceará.
Wanessa é apontada pela Polícia Civil como responsável pelo envio de grande
quantidade de cocaína da região Norte do Brasil ao Ceará. Ela é mantida presa
em uma sala de estado maior, tipo de cela especial devido à função, onde
permanece sem a companhia de demais mulheres.
A OAB afirmou que foi informada sobre a prisão e através da diretoria de
prerrogativas e do Centro de Apoio ao Advogado acompanha e apura "todos os
fatos para garantir a legalidade da prisão e também que a acusada tenha
assegurado o direito à ampla defesa e ao contraditório, bem como à sala de
estado maior".
"Caso haja comprovação de envolvimento no caso, informamos que a OAB-CE
irá realizar abertura de procedimentos internos disciplinares no Tribunal de
Ética e Disciplina".
OPERAÇÃO SARMAT - Na última quinta-feira
(16), a Polícia Civil do Ceará deflagrou a 'Operação
Sarmat', com intuito de desarticular uma facção criminosa por meio da
descapitalização bancária do grupo.
De acordo com a Polícia, as investigações começaram há pouco mais de um ano
e apontaram a participação da advogada e de um homem de Rondônia que seria
responsável pela movimentação financeira milionária, chegando a R$ 45 milhões em dois anos.
Foram bloqueadas contas bancárias e bens de alvos integrantes de grupos
criminosos e cumpridos 39 mandados de busca e apreensão, 39 bloqueios de contas
bancárias, sequestro de bens, como automóveis e imóveis, além de dois mandados
de prisão preventiva.
Segundo a Polícia, os mandados foram cumpridos nas cidades de Canindé, São
Benedito, Juazeiro do Norte, Eusébio e Iguatu.
Também são alvos das buscas empresas que supostamente foram usadas para a
dissimulação das movimentações financeiras ilícitas.
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