Thiago Celso Andrade Reges chegou a trabalhar em quatro hospitais do Ceará
Em um deles, tinha salário de R$ 42 mil
Ele publicava nas redes sociais armas, luxo e presença em
festas
O falso médico Thiago Celso Andrade Reges, 36 anos, acusado de exercer medicina de forma ilegal, era frequentador
assíduo de festas e haras promovidas por famosos. Conforme documento, ele usou
dinheiro obtido com o exercício ilegal da medicina para bancar uma vida de
luxo.
Ele trabalhou em pelo menos quatro hospitais no Ceará, nas cidades de Itapajé,
Mulungu, Baturité e Pentecoste. Somente em Itapajé ele tinha salário mensal de
R$ 42.500.
Nas redes sociais, ele postou fotos com Wesley Safadão, Nicole Bahls, Gusttavo
Lima, Andressa Suita, entre outros. Ele também ostentava imagens de armas de
fogo, viagens e fotos em jatinhos particulares e carros de luxo.
Segundo a denúncia
contra Thiago Celso Andrade Reges ele trabalhou como médico após obter uma
liminar na Justiça para que o diploma de medicina de uma universidade na Bolívia
fosse validado no Brasil.
A reitoria da Universidade Estadual do Ceará (Uece) emitiu a revalidação,
anulada após a universidade descobrir que ele não havia se formado, e o diploma
era falso. O registro dele no Conselho Regional de Medicina (Cremec) também foi
cassado.
Ele foi preso em 17 de março e solto uma semana depois. Em manifestação nas
redes sociais neste após a soltura, ele disse que "tudo será esclarecido".
"Não julgue, não acuse, não precipite, não apresse, porque o único que
pode fazer isso é Deus. Tudo será esclarecido no tempo certo e de Deus. Aos
verdadeiros amigos e amigas, minha gratidão. Estou bem e nos braços da minha
família".
O advogado de Thiago afirmou que ele "clinicou apenas enquanto tinha uma
liminar para isso". "A defesa alega, desta forma, que ele não exerceu
ilegalmente a profissão".

Uma servidora de
Itapajé, que prefere não se identificar, informou que Thiago era conhecido na
cidade e buscava fazer plantões para aumentar a remuneração. Quando houve
vacância no cargo de diretor de uma unidade de saúde do município, ele se
candidatou à vaga, mas foi reprovado por "ser considerado inapto para a função".
A captura de Thiago ocorreu em 17 de março, no Bairro Cocó, em um prédio da
área nobre da capital cearense. Além do exercício ilegal da medicina, ele é
investigado por estelionato e falsidade ideológica e de documentos, pois tentou
validar um falso diploma.
O caso corre em segredo de Justiça. Além disso, o homem responde por tráfico internacional de mulheres, no Acre.
Falso médico que atuava no Ceará levava vida de ostentação
nas redes sociais
Falso médico compartilhava fotos trabalhando em hospitais
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