Na terça-feira, o alvará de soltura do PM, que já conta com extensa ficha criminal, foi expedido
A prisão de um sargento da Polícia Militar do Ceará (PMCE),
detido em flagrante por agredir a esposa e a filha, não durou 24 horas. Na tarde de segunda-feira (6), o agente, de nome preservado para não
identificar as vítimas, foi denunciado pela filha e capturado na própria
residência, em Juazeiro do Norte.
Horas depois, o policial passou por
audiência de custódia e foi solto. A prisão em flagrante foi convertida em
liberdade provisória, mediante a imposição de medidas protetivas cautelares,
como o monitoramento eletrônico, "além da ratificação das medidas
protetivas de urgência".
Na terça-feira (7), o alvará de soltura do PM, que já conta com extensa ficha
criminal, foi expedido. Consta na decisão que as vítimas compareceram de forma
espontânea ao ato processual e teriam declarado que "o autuado não lhes
oferece risco às suas incolumidades física e psicológica, manifestando-se,
ambas, pela desnecessidade das medidas protetivas de urgência".
Além do monitoramento eletrônico, a Justiça decidiu que o PM deve manter
distanciamento de, pelo menos, 200 metros das vítimas; não portar arma de
qualquer espécie; se afastar da moradia onde as vítimas haviam; e proibido de
se ausentar da Comarca de Juazeiro do Norte.
O CASO - Policiais militares foram acionados
para atender a uma ocorrência de violência doméstica na segunda-feira (6).
Conforme denúncia das vítimas, o agente ordenou que a esposa e a filha
arrumassem a casa que ele venderia o imóvel.
Em seguida, teria começado a ingerir bebida alcoólica e acusou a esposa de
ter o traído com o vizinho. Ele teria ameaçado a mulher de morte e dito que a
filha era cúmplice na traição.
O agente teria agredido fisicamente a esposa e viu quando a filha acionou a
Polícia. Ele teria se revoltado mais e desferido tapas no rosto da jovem.
O homem fugiu do local, mas foi localizado horas depois e conduzido à
Delegacia de Defesa da Mulher de Juazeiro do Norte.
Na versão das vítimas, o policial já agiu desta forma outras vezes e elas
já tinham requerido medida protetiva, mas foram coagidas a retirar. O caso
segue sob investigação.
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