Nas redes sociais, 'Beto da Mídia' se apresentava como empresário e publicava fotos com políticos
Beto da Mídia era proprietário de
postos de combustíveis e revendedoras de veículos
O empresário cearense João
Batista de Oliveira Ramos, conhecido como 'Beto da Mídia', de 35 anos,
assassinado a tiros em Recife (Pernambuco) na última segunda-feira (24), era
investigado pela Polícia Civil do Ceará (PC-CE) por suspeita de integrar uma
facção criminosa de origem paulista.
'Beto da Mídia' tinha antecedentes criminais por porte ilegal de arma de fogo
(duas vezes) e por uso de entorpecentes, na polícia cearense. Entretanto, nas
redes sociais ele se apresentava como empresário e publicava fotos com
políticos, como o deputado federal Yury do Paredão.
A Delegacia Regional de Juazeiro do Norte determinou que uma equipe de
inspetores investigasse se João Batista de Oliveira Ramos integrava a facção
criminosa paulista, em uma Ordem de Missão Policial datada de 13 de abril de
2016.
Uma semana antes, 'Beto da Mídia' foi preso em flagrante na posse de uma
pistola calibre 380, municiada com 16 cartuchos intactos, em uma chácara no
bairro Betolândia, em Juazeiro do Norte, após a Polícia Militar do Ceará (PMCE)
ser acionada para uma suspeita de posse de drogas e de armas de fogo, em uma
festa.
Os policiais militares que atenderam a ocorrência afirmaram à Polícia Civil que
João Batista confessou a posse da arma de fogo. Porém, ao ser interrogado, o
suspeito negou ser o proprietário da chácara e da arma.
O Ministério Público do Ceará (MPCE) denunciou 'Beto da Mídia' apenas pelo
crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. A denúncia foi
aceita pela Justiça Estadual e o acusado virou réu, em maio de 2016.
Apesar de não ter denunciado o empresário pelo crime de integrar organização
criminosa, o MPCE ponderou que "há registro nos autos de que o acusado
pode ser membro da famigerada associação criminosa denominada Primeiro Comando
da Capital - PCC".
Antes desse caso, João Batista havia sido autuado na Polícia Civil do Ceará
outras duas vezes, uma também por porte ilegal de arma de fogo, em um inquérito
policial, em fevereiro de 2006; e por uso de entorpecentes, em um Termo
Circunstanciado de Ocorrência (TCO), em julho de 2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário