quarta-feira, 26 de abril de 2023

Empresário cearense morto em Recife era investigado pela Polícia por integrar facção criminosa

Nas redes sociais, 'Beto da Mídia' se apresentava como empresário e publicava fotos com políticos

Beto da Mídia era proprietário de postos de combustíveis e revendedoras de veículos

O empresário cearense João Batista de Oliveira Ramos, conhecido como 'Beto da Mídia', de 35 anos, assassinado a tiros em Recife (Pernambuco) na última segunda-feira (24), era investigado pela Polícia Civil do Ceará (PC-CE) por suspeita de integrar uma facção criminosa de origem paulista.
'Beto da Mídia' tinha antecedentes criminais por porte ilegal de arma de fogo (duas vezes) e por uso de entorpecentes, na polícia cearense. Entretanto, nas redes sociais ele se apresentava como empresário e publicava fotos com políticos, como o deputado federal Yury do Paredão.
A Delegacia Regional de Juazeiro do Norte determinou que uma equipe de inspetores investigasse se João Batista de Oliveira Ramos integrava a facção criminosa paulista, em uma Ordem de Missão Policial datada de 13 de abril de 2016.
Uma semana antes, 'Beto da Mídia' foi preso em flagrante na posse de uma pistola calibre 380, municiada com 16 cartuchos intactos, em uma chácara no bairro Betolândia, em Juazeiro do Norte, após a Polícia Militar do Ceará (PMCE) ser acionada para uma suspeita de posse de drogas e de armas de fogo, em uma festa.
Os policiais militares que atenderam a ocorrência afirmaram à Polícia Civil que João Batista confessou a posse da arma de fogo. Porém, ao ser interrogado, o suspeito negou ser o proprietário da chácara e da arma.
O Ministério Público do Ceará (MPCE) denunciou 'Beto da Mídia' apenas pelo crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. A denúncia foi aceita pela Justiça Estadual e o acusado virou réu, em maio de 2016.
Apesar de não ter denunciado o empresário pelo crime de integrar organização criminosa, o MPCE ponderou que "há registro nos autos de que o acusado pode ser membro da famigerada associação criminosa denominada Primeiro Comando da Capital - PCC".
Antes desse caso, João Batista havia sido autuado na Polícia Civil do Ceará outras duas vezes, uma também por porte ilegal de arma de fogo, em um inquérito policial, em fevereiro de 2006; e por uso de entorpecentes, em um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), em julho de 2011.

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