Hilquias foi preso em flagrante, já na rodoviária de Jaguaribe, no Interior do Ceará
Vítima e PM estavam conversando em uma churrascaria
A Controladoria Geral
de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD) instaurou conselho de
disciplina contra o policial militar
Hilquias Coelho Ferreira. O soldado é investigado por matar à queima-roupa
um amigo dele, enquanto conversaram em uma churrascaria, na cidade do Barro,
Interior do Ceará. A CGD publicou decisão administrativa para afastar o militar
das funções e que seja apurado "a
incapacidade do policial para permanecer nos quadros da Polícia Militar do
Ceará".
Para a Controladoria, a documentação nos autos aponta indícios de autoria e
materialidade: "na medida em que os fatos que lhe são imputados, em tese,
revestem-se de acentuado grau de reprovabilidade, sendo incompatíveis com a
função pública, além de ser necessário à garantia da ordem pública e à correta
aplicação da sanção disciplinar".
Carlos Anderson da Silva Mariano, de 32
anos, sequer teve chance de se defender. Ele foi atingido por um disparo na
cabeça.
O soldado Hilquias Coelho Ferreira afirmou, em interrogatório na Delegacia
Regional de Jaguaribe, que não sabia que Carlos Anderson da Silva Mariano tinha
morrido e contou que a vítima tentou matá-lo há dois anos, mas não conhece a
motivação.
PRISÃO EM FLAGRANTE - Hilquias foi preso em
flagrante, já na rodoviária de Jaguaribe. No último domingo (2), a Justiça
Estadual decidiu converter o flagrante do PM em prisão preventiva.
A Delegacia Regional de Jaguaribe afirmou, no relatório enviado à Justiça que o
policial militar "se utiliza do cargo para badernar na cidade do Barro, já
sendo velho conhecido da população e dos policiais civis e militares".
A investigação preliminar da Polícia Civil, baseada no relato de uma
testemunha, aponta que Hilquias e Carlos utilizavam bebidas alcoólicas, em uma
churrascaria, quando o PM tirou uma arma de fogo do seu carro e colocou na mesa
onde eles estavam.
Carlos não teria gostado e decidiu guardar a arma no veículo do militar,
que se chateou com a atitude. Hilquias foi até o automóvel, pegou de novo a
arma e atirou contra a cabeça da vítima, que estava de costas. O crime foi
filmado por câmeras de segurança da região.
A pistola Ponto 40 utilizada no crime, 19 munições e carregadores foram
apreendidos com o suspeito.
O soldado Hilquias já respondia a investigações por deserção, ameaça e
porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, segundo a decisão judicial.
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