Flávia Borja alegou que projeto contra a discriminação por
identidade de gênero fere direito das mulheres
Vereadora Flávia Borja proferiu ataques transfóbicos em
reunião ordinária
A vereadora Flávia
Borja teve posicionamento transfóbico em reunião ordinária da Câmara Municipal
de Belo Horizonte, na última terça-feira (4), ao afirmar que pessoas trans não seriam bem-vindas na cidade.
Os vereadores discutiam um projeto de lei contra a discriminação por
identidade de gênero nos estabelecimentos da capital mineira. No palanque,
Flávia se mostrou contra a proposta e alegou liberdade de expressão e de
crença.
"Esse é um projeto que vai contra a defesa real das mulheres na cidade
de BH e também contra a liberdade de crença, a liberdade de religião e aquilo
que nós entendemos que Deus fez homem e mulher. E o que passar disso, não é
bem-vindo na nossa cidade".
Membro da banda cristã, a vereadora também citou a formação de chapas
femininas e disse que a presença de mulheres trans iria contra os direitos das
mulheres.
TRANSFOBIA É CRIME NO BRASIL - A vereadora Iza Lourença rebateu o posicionamento de Flávia, apontando
que transfobia é crime. "Liberdade de religião, a qual eu defendo muito, e
liberdade de expressão não são passe livre para você discriminar pessoas".
Minutos depois, Flávia voltou ao palanque para afirmar que não foi
transfóbica, mas quis defender a liberdade religiosa. Após citar uma passagem
bíblica, a vereadora proferiu novo ataque.
"Aqui é uma concepção, é uma crença. É aquilo que diz nosso livro
sagrado. E no final das contas, só tem dois caminhos: ou a gente vai parar no
ginecologista ou urologista".
Até o momento, a Câmara Municipal de Belo Horizonte não se pronunciou sobre
o caso.
Conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), o crime de
transfobia é equiparável ao de racismo, sendo inafiançável. A pena vai de um a
três anos, podendo chegar a cinco em casos mais graves.
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