Policiais militares são réus pelos assassinatos ocorridos entre a noite do dia 11 de novembro e a madrugada do dia 12 de novembro de 2015
Expectativa é que outros dois julgamentos sejam realizados em
2024
Dos 30 réus, dez ainda não foram julgados
Familiares homenageiam vítimas da chacina do Curió, em
Fortaleza, que resultou na morte de 11 pessoas
Seis policiais
militares já foram condenados pela Chacina do Curió, matança que deixou 11
mortos em Fortaleza, em 2015. Devido à complexidade do caso, o julgamento foi
dividido em etapas; três delas foram concluídas, e outras devem ser realizadas
em 2024. Além dos policiais sentenciados à prisão, 14 foram absolvidos dos
crimes.
As vítimas foram assassinadas por policiais militares entre a noite do dia 11
de novembro e a madrugada do dia 12 de novembro de 2015. A maioria das vítimas
tinha de 16 a 18 anos, sem passagens pela polícia.
Segundo o Ministério Público do Ceará, os crimes foram motivados por vingança
pela morte do soldado Valtemberg Chaves Serpa, assassinado horas antes ao
proteger a mulher em uma tentativa de assalto, no Bairro Lagoa Redonda.
Confira os policiais militares condenados
Marcus Vinícius Sousa da Costa: 275 anos e 11 meses de prisão. As penas correspondem a 11 homicídios, 3
tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime
fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de
policial militar.
Antônio José de Abreu Vidal Filho:
275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4
crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem
direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar.
Wellington Veras Chagas: 275 anos e
11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de
tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de
responder em liberdade e perda do cargo de policial militar.
Ideraldo Amâncio: 275 anos e 11
meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de
tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de
responder em liberdade e perda do cargo de policial militar.
José Oliveira do Nascimento: 210
anos e nove meses de prisão por 18 crimes, entre eles, homicídio, tentativa de
homicídio e tortura.
José Wagner Silva de Souza: 13 anos
e cinco meses por tortura.
Foram absolvidos dos crimes
Francinildo José da
Silva Nascimento
Gaudioso Menezes de
Mattos Brito Goes
Gerson Vitoriano
Carvalho
José Haroldo Uchoa
Gomes
Josiel Silveira Gomes
Ronaldo da Silva Lima
Thiago Aurélio de Souza
Augusto
Thiago Veríssimo
Andrade Batista de Moraes
Antônio Carlos Matos
Marçal
Antônio Flauber de Melo
Brazil
Clênio Silva da Costa
Francisco Helder de
Sousa Filho
Igor Bethoven Sousa de
Oliveira
Maria Bárbara Moreira
Antônio Carlos Matos Marçal foi absolvido dos crimes julgados no Tribunal de Justiça, mas teve parte
do processo encaminhado para a Justiça Militar, que deve realizar um novo
julgamento.
O julgamento foi dividido em etapas - Três delas foram
concluídas
- Primeiro julgamento, de 21 a 25 de junho: quatro policiais foi
condenado a 275 anos e 11 meses de prisão. Ninguém foi absolvido.
- Segundo julgamento, de 29 de agosto a
6 de setembro: oito PMs foram inocentados. Ninguém foi condenado. O
Ministério Público recorreu da sentença.
- Terceiro julgamento, de 12 a 16 de
setembro: dois policiais foram condenados e seis foram absolvidos.
A expectativa é que outros dois sejam realizados em 2024. Dos 30 réus, dez
ainda não foram julgados.
De acordo com a Justiça cearense, enquanto o restante dos acusados se tornarem
aptos a irem a julgamento, novas datas serão designadas para que o corpo de
jurados decida se eles são culpados ou inocentes pelos crimes.
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