A PM confirma que todos os oito agentes estão recolhidos no Presídio Militar
Eles foram afastados por 120 dias das funções
De acordo com a Controladoria, há investigação em andamento
"com o fim de apurar as condutas transgressivas que lhe são
atribuídas" e "bem como, a incapacidade destes para permanecerem nos
quadros da Corporação Militar a qual pertencem
Mais três policiais militares foram presos, sob suspeita de
torturar um jovem que segue desaparecido desde o último dia 27 de agosto, data
da abordagem. Outros cinco PMs já tinham se
apresentado até a última sexta-feira (15), desde que a Justiça do Ceará
decretou a prisão preventiva de oito policiais lotados no Batalhão
Especializado em Policiamento do Interior (BEPI).
Os militares teriam privado de liberdade três homens, sendo que Antônio Marcos da Silva Costa, segue com
paradeiro desconhecido. Os crimes aconteceram na Praia do Maceió, em
Camocim e foi presenciado por populares, incluindo crianças que estavam em
barracas de praia.
São suspeitos os militares: sargento
Cristiano Oliveira Sousa; soldados Samuel Santiago de Lima, José Márcio Carneiro
Almada, Eduardo Florêncio da Silva, Wellington Xavier de Farias, José Márcio
Barroso da Silva Júnior, Josinaldo Ferreira Barbosa Monteiro; e o cabo
Demairton Cipriano Silva.
A PM confirma que todos os oito agentes estão recolhidos no Presídio Militar.
Eles também foram afastados por 120 dias das suas funções, após determinação da
Controladoria Geral de Disciplina (CGD).
De acordo com a Controladoria, há investigação em andamento "com o fim de
apurar as condutas transgressivas que lhe são atribuídas" e "bem como,
a incapacidade destes para permanecerem nos quadros da Corporação Militar a
qual pertencem".
DUAS VÍTIMAS LIBERADAS - De acordo com
investigação da Delegacia de Assuntos Internos (DAI) da CGD, os outros dois
homens voltaram para casa na madrugada de 28 de agosto de 2023, "tendo o
aparelho celular de um deles permanecido na posse dos policiais militares,
enquanto o terceiro, Antônio Marcos da Silva Costa, permanece
desaparecido".
Para determinar o
afastamento, a Controladoria ainda considerou os relatos de testemunhas que
dizem que "duas viaturas policiais chegaram ao local e passaram a realizar
abordagem de rotina e, em não encontrando nada, solicitaram que o rapaz
conhecido por “Marcão” entregasse seu celular, ao que este recusara e então
passaram a espancá-lo juntamente com os outros dois rapazes, colocando os três
em uma viatura, seguindo em direção à praia do Maceió e, chegando a altura do
parque eólico, passaram a torturá-los, ao tempo em que eram questionados por
armas a todo momento".
De início, "não foi constatado registro de nenhuma ocorrência sobre essa
abordagem policial ou do desaparecimento dos rapazes".
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