sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Chefe de facção - 'Feiticeira' é condenada a 20 anos de prisão por mandar matar homem no Ceará

Um administrador de casas de aluguel teria sido assassinado por expulsar a acusada de um imóvel, segundo as investigações

Julgamento foi realizado no Fórum Clóvis Bevilaqua

Delania de Souza Barroso, apontada como uma chefe de uma facção criminosa cearense na qual ela é conhecida como 'Feiticeira', foi condenada a 20 anos e 7 meses de prisão, no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza, por mandar matar um homem que a expulsou de uma casa alugada. O julgamento ocorreu na tarde desta sexta-feira (10).
O júri popular condenou a acusada a 16 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima) e a mais 4 anos e 7 meses de reclusão, pelo crime de integrar organização criminosa. Delania deve cumprir a pena em regime inicialmente fechado.

COMO ACONTECEU O CRIME - Conforme a Sentença de Pronúncia da 1ª Vara do Júri de Fortaleza - que decidiu levar a ré a júri popular em outubro de 2022 - 'Feiticeira' foi denunciada pelo MPCE por mandar matar Paulo Jorge de Oliveira Freitas, em Fortaleza, no dia 9 de maio de 2020.
'Feiticeira' é apontada pela Polícia como a "Geral das Caixinhas" de uma facção criminosa de origem cearense, cargo com a função de cobrar e administrar o recebimento de recursos para comprar armas e munições.
Paulo Jorge, que administrava uma vila de casas para uma mulher, foi assassinado a tiros, dentro da sua residência, por homens que ainda não foram identificados pela Polícia. Testemunhas apontaram que a vítima era ameaçada de morte desde que cobrou um aluguel de 'Feiticeira' e a expulsou de um dos imóveis que administrava.

SEGUNDA CONDENAÇÃO EM 2023 - Delania de Souza Barroso já havia sido condenada na Justiça Estadual por integrar uma facção criminosa, neste ano. 'Feiticeira' foi sentenciada pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas a 5 anos e 7 meses de reclusão, em maio último.
Entretanto, a chefe da facção cearense foi absolvida da acusação de participar de um ataque com explosivos ao viaduto da BR-020, em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, por falta de provas.

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