Segundo os investigadores, todos fazem parte de uma facção criminosa na Capital e na Região Metropolitana
A vítima foi alvejada com pelo menos 10 disparos
Cinco réus foram condenados nesta sexta-feira (10) a cumprir,
juntos, quase 160 anos de prisão devido à morte do vereador João Roberto de
Oliveira Martins. A sentença foi proferida após três
dias de júri, ocorrido em Fortaleza. Todos os acusados foram condenados por
homicídio duplamente qualificado, com motivo torpe e mediante recurso que
dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima.
Foram condenados: José Flávio de Sousa:
32 anos e um mês de prisão; Rafael Ribeiro Carneiro: 24 anos e dois meses; José
Roberto Braga de Mesquita: 32 anos e sete meses; Samuel Adams Barros Andrade:
32 anos e sete meses; e Rafael Alves Nunes: 32 anos e sete meses. Parte deles
já cumpriu quase cinco anos de prisão, cada. Segundo os investigadores,
todos fazem parte de uma facção criminosa atuante nos municípios de Itaitinga,
Aquiraz e em alguns bairros de Fortaleza. A
eles foi negado direito de recorrer em liberdade. José é apontado como
líder do bando.
O CRIME - João era presidente da Câmara de
Itaitinga, quando foi executado no dia 31 de agosto de 2018, em frente ao
prédio do plenário na cidade, no Centro do município da Região Metropolitana de
Fortaleza (RMF). Ele foi atingido por 10
tiros.
Toda a ação foi gravada por câmeras de segurança. A Polícia Civil do Ceará
(PCCE) apontou que a vítima tinha envolvimento com membros de facção criminosa.
João Roberto estacionou um veículo particular Toyota Hilux, de cor preta,
em frente à Câmara. Ele estava acompanhado de uma mulher e de outro homem. Em
seguida, um veículo Fiat Palio Adventure, também preto, para ao lado. Três
homens encapuzados desceram do automóvel e iniciaram os disparos contra o
vereador.
Os primeiros tiros atingiram os vidros do motorista. Ao perceber a ação, o
político tentou fugir pela porta do carona, de onde a mulher havia acabado de
descer, mas dois criminosos contornaram a traseira da Hilux e continuaram os
disparos, até a vítima cair na calçada.
MOTIVAÇÃO - De acordo com
investigação da Polícia, o envolvimento do vereador com os criminosos consistia
em obter apoio eleitoral. O político concedia cargos públicos para familiares
dos suspeitos.
A operação que resultou nas prisões também cumpriu oito mandados de busca e
apreensão, um deles na residência de outro vereador, cujo nome não foi
divulgado. Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos armas,
munições, dinheiro e uma prensa, que foi encaminhada para a Delegacia de
Itaitinga.
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