Comparsa também foi detido - Dupla possuía um verdadeiro arsenal, com pelo menos 19 armas de fogo, avaliadas em mais de R$ 220 mil
Mychell Egídio Torquato Oliveira e Francisco Paulo Henrique
do Nascimento Lima foram presos por suspeita de comercializar armas de fogo
Um comerciante, que
possui registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), e um
comparsa foram presos em uma operação do Ministério Público do Ceará (MPCE) e
da Polícia Civil do Ceará (PC-CE), na última terça-feira (19), por suspeita de
comercializarem armas de fogo para uma organização criminosa.
Os suspeitos possuíam um verdadeiro arsenal. As investigações policiais
identificaram que o comerciante Mychell Egídio Torquato Oliveira e o comparsa
dele, Francisco Paulo Henrique do Nascimento Lima, detinham o poder de pelo
menos 19 armas de fogo, avaliadas em mais de R$ 220 mil. Entre elas, sete
fuzis, além de espingarda, pistolas e revólveres.
A dupla foi presa temporariamente - Mychell Egídio em Caucaia e Paulo Henrique,
em Fortaleza - pelo crime de comercialização ilegal de arma de fogo, mas será
investigada por outros crimes. Com eles, foram apreendidos dois carros e uma
motocicleta. Entretanto, nenhuma arma foi encontrada com os suspeitos.
A Justiça Estadual também determinou a quebra de sigilo telefônico, telemático,
de informática e bancário dos suspeitos, além do sequestro de um veículo Toyota
Hilux, outro Toyota Corolla e uma motocicleta Kawasaki Z900, de 900
cilindradas.
SUSPEITO REGISTROU BO POR FURTO - As investigações do MPCE e da PC-CE se iniciaram após um Boletim de
Ocorrência (BO) registrado por Mychell Egídio Torquato em uma delegacia da
Polícia Civil, em novembro de 2022, no qual ele denunciou ter sido vítima de um
furto mediante arrombamento da sua casa, em que teriam sido subtraídas 16 armas
de fogo, entre fuzis, carabinas, pistolas e revólveres.
Ao checar as informações prestadas pela suposta vítima, os investigadores
perceberam que, no dia anterior ao BO, Mychell tinha recebido uma notificação
do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 10ª Região Militar
(SFPC/10), do Exército Brasileiro, para realizar uma vistoria no seu acervo de
armas.
Outro fato que levantou a suspeita do MP e da Polícia Civil foi o registro
do Boletim de Ocorrência ser feito apenas quatro meses depois do suposto furto.
O esquema criminoso comprava armas de fogo por um valor alto, à vista, simulava
o furto dessas armas, raspava a numeração delas e realizava a venda por um
valor ainda mais alto, segundo as investigações.
Os levantamentos policiais ainda apontam que o valor pago pelas armas de
fogo, por Mychell Egídio, não condizem com o valor que ele fatura no mercadinho
que é proprietário nem com o seu padrão de vida em Caucaia.
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