Renato Freitas Silva negou envolvimento na ocorrência que deixou seis policiais feridos e disse que achava que se tratavam de faccionados rivais
Prisão foi efetuada por policiais da Draco
O homem preso no último
sábado (17), suspeito de integrar organização criminosa no bairro Cristo
Redentor, em Fortaleza, comemorou nas redes sociais o ataque que resultou em
seis policiais militares baleados nos bairros Barra do Ceará e no Jardim
Guanabara durante a madrugada daquele dia.
Renato Freitas Silva, de 24 anos, foi preso pela Delegacia de Repressão às
Ações Criminosas Organizadas (Draco). Conforme o auto de Prisão em Flagrante
(APF), ele fez uma publicação em sua conta no Instagram em que dizia: “Passou foi mal, correu chega o pé batia na
bunda, seus alma sebosa”.
A postagem ainda continha símbolos que faziam referência à facção criminosa
Comando Vermelho (CV). Em depoimento, Renato negou envolvimento no ataque e
disse que comemorou apenas porque achava que as vítimas eram integrantes da
facção criminosa Guardiões do Estado (GDE) da comunidade da Colônia, no bairro
Barra do Ceará.
Ele disse não saber que, na verdade, tratavam-se de policiais militares.
Renato também afirmou que não é integrante do CV, mas que, no passado, já
“simpatizou” com a facção. O celular dele foi apreendido e deve ter
os dados extraídos pela Polícia Civil para que novas provas contra ele ou
outras pessoas sejam encontradas. A conta no Instagram de Renato tinha como
foto de perfil uma imagem de Fábio de Almeida Maia, o “Biu”, homem apontado
como um dos chefes do CV no Grande Pirambu e que foi morto no último dia 31 de
janeiro em uma operação policial no Rio de Janeiro (RJ). Renato disse ter
colocado a foto porque era amigo de Fábio.
Os policiais civis afirmaram que foram faccionados do CV que realizaram o
ataque contra os PMs. Também afirmaram que uma das linhas de investigação da
morte do soldado Bruno Lopes Marques aponta que o crime foi determinado por
chefes da facção. Quatro dos PMs baleados no sábado já tiveram alta. Os outros
dois foram submetidos a cirurgia e seguem internados.
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