terça-feira, 9 de julho de 2024

Advogado e irmã servidora de fórum no Interior do CE são acusados de integrar célula da facção PCC

Os irmãos são suspeitos de utilizar a função pública da acusada para favorecer a organização criminosa em processos criminais

Advogado e irmã, servidora do TJCE, são réus em um processo que tramita na Vara de Delitos de Organizações Criminosas

Uma denúncia apresentada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) à Justiça Estadual expôs a suposta participação de um advogado e da sua irmã - uma servidora do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) lotada no Fórum de Independência, no Interior do Ceará - em uma célula da facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC). Os irmãos são suspeitos de utilizar a função pública da acusada para favorecer a organização criminosa em processos criminais.
O Ministério Público pediu a condenação de 11 acusados, conforme a participação individual, pelos crimes de integrar organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico e comércio ilegal de arma de fogo, no dia 14 de março deste ano.

Confira as acusações

Antonio Ernandes da Silva > ntegrar organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Antonio Jean de Sousa > Integrar organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Elyton Carlos Nogueira de Sousa > Integrar organização criminosa e associação para o tráfico.

Francisca Jaiciane dos Santos > Integrar organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Grazielli Sales Viana > Integrar organização criminosa e associação para o tráfico.

Helena Oliveira Loiola > Integrar organização criminosa.

Maria Erilane Rodrigues > Integrar organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Monica Pereira da Silva > Integrar organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Ricardo Pereira do Nascimento > Integrar organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Venceslau Pereira da Silva > Integrar organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico e comércio ilegal de arma de fogo.

Wangleyson de Oliveira Brito > Integrar organização criminosa.

Segundo o documento do MPCE, os acusados integravam uma célula do PCC que atuava no Município de Independência, sob comando de Gracias Rodrigues de Morais, conhecido como 'Irmão Cipriano' - que foi acusado em outro processo criminal. A principal atividade da quadrilha seria o tráfico de drogas.
Entre os acusados, está a companheira de Gracias, Maria Edilene Alves Feitosa, que o ajudaria no "comando do tráfico de entorpecentes e delitos conexos, tais como lavagem de dinheiro no município de Independência".
Outro acusado é o advogado Wangleyson de Oliveira Brito, que representava os integrantes da organização criminosa na Justiça e, conforme a acusação, "extrapolando os limites da boa advocacia e penetrou no campo da ilegalidade, eis que, em várias situações, o advogado embaraçou a presente investigação".
Wangleyson Brito atuaria junto da irmã, Helena Oliveira Loiola, uma servidora do TJCE, para obter informações privilegiadas e agilizar a movimentação de processos do interesse da organização criminosa no Fórum de Independência.
A servidora informava ao irmão até sobre mandados de prisão expedidos contra os seus clientes, segundo o Ministério Público.
Helena Loiola já foi demitida pelo presidente do TJCE, em um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), mas recorreu da decisão à Segunda Instância. O recurso aguarda julgamento, enquanto a servidora continua a receber o salário pelo cargo de "escrivão estabilizado".

ACUSADO CONDENADO À PRISÃO - Rones Cassiano Mamede Martins, acusado de integrar a mesma célula da facção Primeiro Comando da Capital, foi condenado a 21 anos e 10 meses de prisão, em outro processo criminal, pelo cometimento dos crimes de integrar organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico. O acusado deve cumprir a pena em regime inicialmente fechado, mas o colegiado de juízes permitiu que o réu recorresse da sentença em liberdade, pois ele já havia sido solto no processo.

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