Mulher morreu quando tentou defender o esposo dos disparos efetuados pelo próprio pai dela
Filha e pai
Francisco José de Sousa, acusado pela morte da própria filha,
a técnica de enfermagem Maria Naiara dos Santos Sousa, deve sentar no banco dos réus no próximo dia 6 de novembro. Ele foi
pronunciado em julho do ano passado pelo homicídio e tentativa de homicídio
contra o genro e o júri agendado no fim do último mês de agosto.
Os crimes aconteceram em setembro de 2021, na cidade de Itapipoca, Interior do
Ceará. A família velava o avô de Maria Naiara, quando Francisco efetuou
disparos de arma de fogo.
O alvo principal do acusado era o genro, com quem ele não mantinha uma boa
relação. Na época, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS)
informou que "a filha, ao tentar
defender o companheiro, aproximou-se, foi atingida e morreu no local".
O genro chegou a ser baleado, foi socorrido e sobreviveu.
Após o tiroteio, familiares tiraram a arma de fogo das mãos de Francisco José,
que fugiu em seguida. Ele foi preso ainda no mesmo dia das mortes.
Agora, a Justiça também determinou que o réu continue detido.
CIÚMES DA FILHA - Conforme denúncia do
Ministério Público do Ceará (MPCE), as vítimas estavam no velório do avô materno
de Maria Naiara quando o réu chegou de carro, desceu, entrou no imóvel e foi
logo em direção ao casal.
Francisco puxou um revólver e apontou para o genro dizendo "tu vai morrer", segundo
testemunhas.
O alvo da ação virou de costas para se proteger e conseguiu se desvencilhar
dos disparos, que acabaram atingindo Naiara.
Testemunhas disseram ainda que o acusado já nutria desejo de matar a
própria filha e que dias antes teria dito que "tinha um revólver e iria descarregar na boca dela", porque
"o réu sempre teve ciúmes da filha".
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