sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Líderes de facção carioca são presos no Ceará - Imóveis e veículos de luxo são apreendidos e R$ 9 milhões são bloqueados

A ação foi coordenada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), em parceria com a Polícia Civil de Santa Catarina.

A Polícia Civil do Ceará (PCCE) realizou a sétima fase da Operação Nocaute, cumprindo três mandados de prisão preventiva, nove mandados de busca domiciliar e sequestrando dois imóveis e um veículo de luxo. A ação foi coordenada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), em operação integrada com a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), e ocorreu nesta última quinta-feira (11).
Durante a operação, uma das lideranças do grupo criminoso de origem carioca foi presa em um condomínio de alto padrão em Blumenau, em Santa Catarina. Em Fortaleza, o principal alvo, um homem de 46 anos, investigado por fornecer drogas e armas nos bairros Cidade 2000 e Papicu, também foi detido. Ele possui antecedentes por porte ilegal de arma e violência doméstica.
Outras duas pessoas foram presas, uma mulher de 34 anos, com passagem por tráfico de drogas, e um homem de 31 anos, que já havia sido preso em dezembro de 2024 e responde por homicídio, porte de arma, receptação e dano. As prisões aconteceram em Fortaleza.
O delegado adjunto da Draco, João Gabriel, comentou sobre a operação. “Além das prisões, conseguimos apreender dois imóveis em Cascavel e Aquiraz, avaliados em aproximadamente R$ 500 mil cada, e um veículo de luxo. Também localizamos relógios de alto valor e foi autorizado o bloqueio de R$ 9 milhões das contas dos investigados”.
A ação teve como objetivo enfraquecer a atuação da facção, que possui ramificações em Maranguape, Maracanaú e Fortaleza. Ao todo, foram cumpridos 38 mandados de prisão, sendo 25 contra pessoas em liberdade e 13 contra indivíduos já detidos.
Entre as novidades da operação está a prisão de Thiago Souza da Silva, de 29 anos, conhecido como Shailong, braço direito de uma liderança da facção que estava no Rio de Janeiro e já havia sido recambiada para o Ceará. Ele estava em liberdade há apenas dois dias, mas continuava articulando crimes no estado.
A operação confirmou a atuação interestadual da facção, com ordens partindo do Rio de Janeiro e execução no Ceará. Desde janeiro, 177 criminosos ligados ao grupo foram presos fora do estado. A Draco reforçou que continuará monitorando a organização e que novas fases da operação podem ocorrer para combater o tráfico de drogas, homicídios e crimes contra o patrimônio no Ceará.

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