
Alemão, mentor do
furto ao Banco Central
A Justiça Federal anulou a
condenação de 80 anos de Antônio Jussivan Alves, o Alemão, mentor do roubo ao
Banco Central em Fortaleza em 2005, quando foram roubados mais de R$ 160
milhões. De acordo com a advogada de Alemão, Erbênia Rodrigues, um pedido de
progressão de pena será solicitado ainda nesta semana. Se o pedido for
atendido, o autor do maior assalto do país deixa o regime fechado e passa
cumprir pena em regime semiaberto.
A decisão é do Tribunal Regional
Federal da 5ª Região, no Recife.
A anulação foi referente à pena
de lavagem de dinheiro praticada por organização criminosa, tipificada em lei
em 2013, sete anos após o crime. "Todos que foram condenados por esse
crime antes de 2013 foram beneficiados com a anulação da pena, conforme
entendimento do Supremo", afirma a advogada.
Além da condenação por lavagem de
dinheiro, Alemão foi condenado a oito anos de prisão pelo furto ao Banco
Central, a mais três anos por formação de quadrilha, a 17 anos e seis meses por
sequestro, a cinco por uso de documentos falsos e a seis anos e oito meses por
um outro assalto a banco, somando mais de 40 anos de sentença.
Embora as condenações somem 40
anos, o argumento da advogada é que Alemão completa neste ano 10 anos de
prisão, um terço da pena máxima determinada pela legislação brasileira, de 30
anos.
Mentor do furto ao Banco Central
- Antônio Jussivan Alves dos Santos, conhecido como "Alemão", é
apontado como um dos mentores do roubo ao Banco Central, ocorrido na madrugada
de 5 para 6 de agosto de 2005 em Fortaleza. Segundo a Polícia Federal, foram
levados do cofre R$ 164,7 milhões (mais de três toneladas em notas de R$ 50).
Alemão foi sentenciado a mais de
100 anos de prisão por diversos crimes, entre eles, lavagem de dinheiro e
formação de quadrilha. Em 2008, ele foi sentenciado a 49 anos e dois meses em 1º grau e teve pena
reformada pelo TRF-5 para 35 anos e 10 meses de prisão. Em 2015, foi condenado
a mais 80 anos, dez meses e 20 dias por lavagem do dinheiro.
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