quinta-feira, 1 de junho de 2017

QUADRA CHUVOSA - Chances de El Niño para 2018 diminuíram em maio

Após cinco anos consecutivos de seca, neste ano, o Ceará encerra a quadra chuvosa (fevereiro a maio) sem atingir a média histórica, mas ficou no intervalo (de 505 a 695 mm) considerado pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) em torno da média. Enquanto a situação hídrica do Ceará segue preocupante, o monitoramento das condições climáticas para 2018 traz um alívio momentâneo: os fatores de formação do El Niño recuaram no mês de maio. Assim, o fenômeno pode não acontecer ou vir com pouca intensidade no próximo ano.
O aquecimento anormal das águas de superfície do Oceano Pacífico caracteriza a ocorrência do El Niño. Pela dimensão do Oceano, este aquecimento é gradual ao longo dos meses. As observações de maio apontam para um resfriamento destas águas. A condição do Pacífico ainda é de águas superficiais aquecidas, porém estão agora mais próximas da neutralidade.
Estas condições podem mudar com uma possível retomada do aquecimento das águas. Com os dados coletados até a terceira semana de maio, ainda há 55% de chances de manifestação do El Niño no fim deste ano e início de 2018.
Com as chuvas de 2017, o Ceará tem água para mais um ano. No entanto, as ações de convivência com a seca deverão levar em conta o pior cenário:  um 2018 de mais estiagem e sem a chegada das águas do rio São Francisco. A meta atual é chegar ao início de 2019 ainda com reservas de água.
Conforme a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), o socorro aos municípios continuará sendo feito com perfuração de poços, montagem de adutoras emergenciais, exploração de novas fontes hídricas e ações de uso racional da água — como a tarifa de contingência.

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