quinta-feira, 21 de setembro de 2017

PM que matou jogador de hóquei responde por droga em quartel

PM que matou atleta por suspeitar de traição é investigado por tráfico (Foto: Arquivo Pessoal)
PM que matou atleta por suspeitar de traição é investigado por tráfico

O soldado da Polícia Militar Jarbas Colferai Neto, de 23 anos, apontado como o autor do homicídio do atleta da seleção brasileira de hóquei Matheus Garcia Vasconcelos Alves, de 24, já responde a um processo interno na corporação por envolvimento com drogas. Ele está preso desde terça-feira (19).
Matheus foi baleado na nuca, na noite de segunda-feira (18). Ele foi encontrado ainda com vida no Centro da cidade, e levado às pressas ao Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos. Na mão dele, havia um carregador de celular, mas o aparelho não foi encontrado pela polícia.
Após 12 horas ininterruptas de diligências e apuração, a investigação da Polícia Civil descobriu que o atleta havia sido morto pelo soldado da PM. O motivo do crime é passional. O policial fantasiou uma traição da namorada, com quem tem um filho, com o atleta, que foi levado até uma emboscada armada por ele.

Matheus (esq.) foi morto pelo policial Jarbas (dir.) em São Vicente, SP (Foto: Arquivo Pessoal)
Matheus (esq.) foi morto pelo policial Jarbas (dir.) em São Vicente

Jarbas foi preso pelo seu próprio comandante dentro do 39º Batalhão da Polícia Militar, em São Vicente - São Paulo, onde executava serviços administrativos. Na ocasião da detenção, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) havia informado que ele já estava fora das atividades de rua por responder a um "Processo Administrativo Exoneratório".
Na quarta-feira (20), a pasta de Segurança do Estado complementou a informação, ao afirmar que o processo corresponde ao envolvimento do soldado com entorpecentes. Jarbas Neto havia sido flagrado com maconha e cocaína no próprio armário, no batalhão. Ele é investigado por tráfico e uso de drogas.
Jarbas se formou no Curso Superior de Soldados em 2016, e menos de um ano depois de iniciar as atividades na corporação, colegas e superiores flagraram as substâncias, que foram atribuídas a ele. Por essa razão, enquanto o caso não era julgado internamente, ele foi retirado das operações de patrulhamento preventivamente.

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