Um casal que dizia que o filho de
seis meses de idade havia sido sequestrado no final de agosto, em Itaperuçu,
Região Metropolitana de Curitiba, seria responsável pela morte da criança. O
Serviço de Investigações de Crianças Desaparecidas (Sicride), da Polícia Civil
do Paraná, apontou na última quinta-feira (26) que pai e mãe são suspeitos da
morte do próprio filho.
Rafael Kuyava foi preso e Luzia
Prestes encaminhada a depor. No momento da prisão, a mãe disse que a morte do
bebê foi um “acidente”.
Orientada pelo Rafael, a polícia
encontrou o corpo enterrado em área afastada de Itaperuçu, em um matagal, atrás
de uma pedreira. O corpo teria sido enterrado há pelo menos 25 dias.
Investigação - Inicialmente, de
acordo com a Polícia Civil, o casal alegava que o filho havia sido sequestrado
por quatro mulheres. Uma ocorrência foi registrada na delegacia de Almirante
Tamandaré, município vizinho, e mensagens sobre o desaparecimento circulavam na
internet.
O pai da criança, que já havia
sido preso por roubo, é foragido da Colônia Penal Agrícola, em Piraquara, na
Grande Curitiba, e havia um mandado de prisão em aberto contra ele. Após isso
ser constatado na investigação de desaparecimento, a polícia foi atrás da mãe,
que trabalha em um supermercado. A mulher levou os policiais até o marido que
questionaram o casal sobre o desaparecimento da criança.
A mãe teria dito, então, que na
verdade o filho morreu afogado em um banho. Por medo de contar à polícia, tendo
em vista os antecedentes do marido, o casal teria inventado a história do
desaparecimento.
Um laudo do Instituto Médico
Legal deve apontar a causa da morte da criança. Os dois foram levados à
delegacia de Rio Branco do Sul. O pai deve ficar preso inicialmente em razão do
mandado aberto contra ele.
A polícia aguarda uma decisão da
Justiça para garantir que a mulher também fique presa, já que não houve
flagrante. Os dois devem ser processados por homicídio e ocultação de cadáver.
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