sexta-feira, 13 de outubro de 2017

TRAGÉDIA EM JANAÚBA - Banco de pele de tilápia vai ajudar vítimas de incêndio

Pele de tilápia é usada em tratamento no IJF. Técnica pode ser utilizada para ajudar vítimas de incêndio em Minas
MARIANA PARENTE
Pele de tilápia é usada em tratamento no IJF - Técnica pode ser utilizada para ajudar vítimas de incêndio em Minas

Após incêndio que matou 11 pessoas, nove delas crianças, em creche de Janaúba (MG), o banco de peles de tilápia da Universidade Federal do Ceará (UFC) foi acionado pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A intenção é ajudar no tratamento de queimaduras das crianças que sobreviveram ao incêndio.
Segundo o coordenação do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da UFC, o banco de peles aguarda uma resposta da Secretaria da Saúde de Minas Gerais para definir o que é necessário para colaborar e enviar uma equipe de profissionais.
Além da Anvisa e do Ministério da Saúde, o banco, que oferece o tratamento no Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza, também foi contatado pela Sociedade Brasileira de Queimaduras para atuar no tratamento dos sobreviventes.
Para o material ser encaminhado para Minas Gerais, é preciso que a equipe de profissionais do Ceará, que possui habilidade no manuseio das peles, viaje para o Estado onde as vítimas estão.
São mais de 150 pacientes tratados no IJF, vítimas de queimadura. Funcionando há um ano e quatro meses, são mais de mil unidades de pele prontas e esterilizadas. O banco já forneceu material para o Paraná, onde a pele da tilápia é utilizada no tratamento da úlcera varicosa.

“A pele da tilápia é um curativo biológico temporário - A pele do paciente regenera. A grande vantagem, em relação ao tratamento convencional, feito com a pomada sulfadiazina de prata, é que a pele da tilápia adere na ferida, bloqueia, evita contaminação e perda de líquido”.
A diferença, conforme ele, é que no tratamento mais comum existe a necessidade de colocar a pomada todos os dias, lavar e trocar o curativo. Nessa troca, a dor é inevitável, além da perda de líquido e risco de infecção. 

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