Segundo a Polícia Federal, a quadrilha
negociava, prioritariamente, com candidatos ao curso de Medicina
A Polícia Federal (PF) vai
analisar o material apreendido em poder dos suspeitos de fazerem parte de uma
quadrilha que atuava no esquema de fraudes em concursos públicos e no Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem). Ontem, a PF e o Ministério Público Federal
(MPF) deflagraram a "Operação Adinamia", nos estados do Ceará,
Paraíba e Piauí. Até o fim da noite, quatro pessoas haviam sido presas preventivamente,
duas em Fortaleza e duas em Lavras da Mangabeira. Além disso, foram cumpridos
21 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva.
A
fraude acontecia com a violação antecipada de lacres para o acesso às provas do
Enem e concursos, através dos próprios fiscais. No dia da avaliação, falsos
candidatos realizavam a prova e transmitiam as respostas do gabarito através de
ponto eletrônico. A quadrilha cobrava até R$ 90 mil. O serviço era oferecido em
escolas e cursinhos pré-vestibulares. Muitos pais de estudantes negociavam o
acordo. A Polícia Federal ainda está fazendo um levantamento do montante
movimentado no esquema.
A
investigação foi iniciada no Enem de 2016, quando dois candidatos foram presos
em flagrante por denúncia de fraude. A Delegacia de Polícia Federal de Juazeiro
do Norte ficou responsável pela investigação, já que a quadrilha tinha forte
núcleo na região, atuando em Juazeiro do Norte, Barbalha, Abaiara, Mauriti e
Lavras da Mangabeira, além da capital, Fortaleza.
Cerca
de 90 policiais federais participaram da ação, que contou com o apoio da
Polícia Militar no cumprimento dos mandados. O grupo responderá por fraudes a
processo seletivo e concursos públicos, organização criminosa e lavagem de
dinheiro.
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