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Rogério 157 e Nem,
que disputam o controle do tráfico de drogas na Rocinha, ficarão presos na
mesma penitenciária
Os dois traficantes que foram
pivôs da guerra na Rocinha deflagrada em setembro do ano passado estão juntos
novamente. Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, foi transferido para a
Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, mesmo presídio de segurança
máxima onde cumpre pena, desde 2011, Antonio Bonfim Lopes, o Nem.
A transferência de Rogério
aconteceu nesta quinta-feira (18). Um dos bandidos mais procurados do Rio de
Janeiro, com recompensa estipulada em R$ 50 mil, ele foi preso em dezembro,
após quase três meses de intensas buscas.
Desde que foi preso, Rogério
ficou detido na Penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, Bangu 1, unidade de
segurança máxima no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. Sua
transferência para um presídio federal havia sido solicitada pela Secretaria de
Segurança Pública.
De acordo com o Tribunal de
Justiça do Rio de Janeiro, a indicação do presídio de Porto Velho foi feita
pelo Departamento Nacional Penitenciário (Depen).
Antes parceiros de crime, Rogério
e Nem se tornaram rivais e foram os pivôs da guerra que o Rio viu surgir na
Rocinha em setembro do ano passado, durante o primeiro final de semana do Rock
in Rio.
Dissidente do bando de Nem, o
Amigos dos Amigos (ADA), Rogério se aliou ao Comando Vermelho (CV) e passou a
contar com o apoio da facção para a guerra.
A batalha sangrenta entre os
grupos de cada um levou à realização de operações de segurança quase diárias,
com o reforço das forças militares de segurança.
Nem e Rogério tiveram trajetórias
semelhantes no mundo do crime. Ambos começaram a atuar no tráfico como
segurança pessoal do líder do tráfico na Rocinha. Nem foi guarda-costas de Lulu
da Rocinha, que conheceu em 2000. Após a morte de Lulu e de seu sucessor, Bem-Ti-Vi,
Nem assumiu o comando em 2007. Rogério virou seu guarda-costas.
Mas, para chegar ao topo dessa
hierarquia, Rogério 157 passou de braço direito a principal desafeto do
ex-chefe.
Briga pelo poder - Mesmo preso
desde 2011, Nem comandava o tráfico na região passando ordens para seu grupo.
Rogério assumiu o comando em 2012 com a missão de ser o representante de Nem na
Rocinha. Porém, em 2014, Rogério rompeu o acordo com Nem e passou a extorquir
os moradores.
Segundo as investigações, Rogério
157 dividia a liderança do tráfico com Alberto Sant'anna, o Cachorrão, preso em
novembro. Ele seria o cérebro da organização criminosa, enquanto Rogério era o
braço armado do grupo.
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