Um grupo de policiais civis que
pertencia à Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD) foi denunciado pelo
Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). Os delegados Patrícia Bezerra de
Souza e Lucas Saldanha Aragão, junto aos policiais civis Thiago Nogueira
Martins, Leonardo Bezerra da Silva, Ronildo César Soares, Fábio Oliveira
Benevides, Rafael de Oliveira Domingues, Petrônio Jerônimo dos Santos, José
Audízio Soares Júnior e Antônio Chaves Pinto Júnior, são acusados de abuso de
autoridade, tortura, tráfico de drogas, extorsão qualificada, associação criminosa
e denunciação caluniosa.
Conforme os autos, os crimes
aconteceram em fevereiro de 2017, durante uma operação feita no interior do
Ceará. O policial Ronildo repassou informações para Leonardo sobre um esquema
de tráfico em Jijoca. Leonardo compartilhou a informação com a DCTD e propôs a
realização de uma operação conjunta.
O destino inicial do grupo era a
residência de Francisco Esmerino Cassiano, apontado como principal responsável
pela comercialização de drogas no distrito. A denúncia mostra que, sem
autorização judicial, a casa de Cassiano foi invadida e a família do suspeito
expulsa. Com uso de armas de fogo, Lucas Aragão e os inspetores Antônio Júnior,
Fábio, Rafael, Audízio e Petrônio teriam agredido as vítimas e ameaçando as
prender, sob a condição de que entregassem R$ 50 mil em dinheiro.
Condenação - De acordo
com o MP, seria necessária prisão preventiva dos acusados, já que, em
liberdade, eles poderiam arquitetar combinações entre si para dificultar a
colheita de elementos de informação. Apesar de o Poder Judiciário do Estado do
Ceará ter recebido a denúncia, não foram decretadas as prisões.
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