quinta-feira, 30 de maio de 2019

INSEGURANÇA - Ceará ultrapassa a marca de mil homicídios em 2019 com o fim da trégua entre facções

As mortes decorrentes de intervenção policial também aumentaram no estado

A violência migrou da Capital para cidades da Região Metropolitana de Fortaleza

O Ceará ultrapassou na última quarta-feira (29) a marca de mil assassinatos em 2019. Foram exatos 1.002 crimes de morte ocorridos no estado em cinco meses, ainda incompletos. No ano passado, este número foi alcançado já em março.  Nesta estatística estão incluídos os homicídios, latrocínios (roubo seguido de morte), lesões corporais seguidas de morte, além dos óbitos causados por intervenção policial e os assassinatos registrados nas unidades do Sistema Penitenciário Estadual.
Em janeiro de 2019, 220 pessoas foram assassinadas no estado. Em fevereiro 173, março 200 e abril 225. Já neste mês de maio, 184 homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte ocorreram entre os dias 1º e 29.
A área com maior número de mortes em maio neste intervalo de 29 dias foi a Capital, com 63 assassinatos. Na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), outras 49 pessoas foram mortas. Em seguida, aparece o Interior Norte com 38 casos e, por último, o Interior Sul, com 34 execuções, totalizando 84 mortos.
A queda no número de Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs) registrada desde o começo do ano reflete a atitude do governo em adotar duras medidas no Sistema Penitenciário após um mês de janeiro marcado pelos ataques criminosos contra as instituições da Segurança Pública e equipamentos urbanos, como viadutos, pontes, delegacias de Polícia, sedes e garagens de prefeituras e fóruns da Justiça.
Contudo, pouco a pouco, os índices da criminalidade estão aumentando no Ceará, com a retomada da “guerra” entre as facções criminosas, suspensas durante a temporada de atentados em janeiro.  Nas últimas duas semanas, os registros de homicídios em Fortaleza voltaram a crescer, especialmente nas áreas dominadas pelas facções Comando Vermelho (CV) e Guardiões do Estado (GDE).

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