As mortes decorrentes de
intervenção policial também aumentaram no estado
A violência migrou da Capital
para cidades da Região Metropolitana de Fortaleza
O Ceará ultrapassou na última quarta-feira (29) a marca de mil
assassinatos em 2019. Foram exatos 1.002 crimes de morte ocorridos no estado em
cinco meses, ainda incompletos. No ano passado, este número foi alcançado já em
março. Nesta estatística estão incluídos
os homicídios, latrocínios (roubo seguido de morte), lesões corporais seguidas
de morte, além dos óbitos causados por intervenção policial e os assassinatos
registrados nas unidades do Sistema Penitenciário Estadual.
Em janeiro de 2019, 220 pessoas foram assassinadas no estado. Em
fevereiro 173, março 200 e abril 225. Já neste mês de maio, 184 homicídios,
latrocínios e lesões corporais seguidas de morte ocorreram entre os dias 1º e
29.
A área com maior número de mortes em maio neste intervalo de 29 dias
foi a Capital, com 63 assassinatos. Na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF),
outras 49 pessoas foram mortas. Em seguida, aparece o Interior Norte com 38
casos e, por último, o Interior Sul, com 34 execuções, totalizando 84 mortos.
A queda no número de Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs)
registrada desde o começo do ano reflete a atitude do governo em adotar duras
medidas no Sistema Penitenciário após um mês de janeiro marcado pelos ataques
criminosos contra as instituições da Segurança Pública e equipamentos urbanos,
como viadutos, pontes, delegacias de Polícia, sedes e garagens de prefeituras e
fóruns da Justiça.
Contudo, pouco a pouco, os índices da criminalidade estão aumentando no
Ceará, com a retomada da “guerra” entre as facções criminosas, suspensas
durante a temporada de atentados em janeiro.
Nas últimas duas semanas, os registros de homicídios em Fortaleza
voltaram a crescer, especialmente nas áreas dominadas pelas facções Comando
Vermelho (CV) e Guardiões do Estado (GDE).
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