Um cabo da PM foi baleado quando
era investigado por denúncia de extorsão

Momento da chegada do PM baleado
no Instituto Dr. José Frota
Continua internado em estado grave no Instituto Doutor José Frota (IJF),
em Fortaleza, um policial militar baleado, na noite desta terça-feira (20), por
agentes da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e do
Sistema Penitenciário (CGD).
O fato ocorreu na zona Oeste da Capital. De acordo com a CGD, o PM
estava sendo investigado pela prática de extorsão e teria reagido numa
abordagem dos colegas de farda que estavam à paisana e em um carro descaracterizado
e com placas oficiosas.
O cabo PM Francisco Thiago Gomes da Silva, destacado na 1ª Companhia do
15º Batalhão Policial Militar (15ºBPM/Eusébio), foi baleado no momento em que
se encontrava no bairro Antônio Bezerra. Ferido, foi socorrido para o
“Frotinha” e, devido à gravidade de seu estado de saúde, transferido em uma
ambulância do Samu para o IJF. Atingido com, pelo menos, quatro tiros nas
costas, o cabo corre o risco de ficar paraplégico.
Em Nota Oficial à Imprensa, ainda na noite passada, a CGD informou que,
no momento da abordagem ao PM este estava com uma arma apontada para a cabeça
da pessoa que seria a vítima da tentativa de extorsão. A versão, porém, não foi confirmada pela
Polícia Civil, através do 10º DP (Antônio Bezerra), onde o caso foi registrado
no Plantão.
Polêmica - O incidente gerou uma repercussão nas
redes sociais e levantou novamente a polêmica em torno da legalidade dos atos
praticados pela Controladoria. Há duas semanas, o deputado federal, Capitão
Wagner (PROS), entregou nas mãos do governador do Ceará, Camilo Santana (PT), um
documento formalizando a proposta de extinção do órgão.
E ainda sobre o incidente, foram questionados vários lances da
operação, entre eles, a atitude de um oficial superior da PM e que hoje está à
disposição da CGD. Ele teria ordenado que todas as patrulhas que atenderam à
ocorrência se retirassem do local porque a própria CGD iria apurar o que
aconteceu.
Além disso, não foi feita perícia no local do incidente, nem explicado
a razão dos agentes estarem trafegando num carro descaracterizado, um Corolla
prata de placas OID-0574.
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