Conforme fonte da Polícia Civil,
nos últimos anos alguns colombianos vieram ao Brasil e há suspeita que o
dinheiro trazido por eles seria fruto do narcotráfico

Os autos de prisão em flagrante por crime de agiotagem aumentaram de 10
para 50 nos oito primeiros meses deste ano no Ceará, em relação ao mesmo
período de 2018. O mês de julho, por exemplo, contabilizou duas prisões. Em
2019, no mesmo mês, foram oito casos.
No dia 23 de agosto deste ano uma quadrilha internacional suspeita de
agiotagem foi presa no Vale do Jaguaribe. Os agentes prenderam três colombianos
e uma brasileira e apreenderam mais de R$ 11 mil, além de 17 mil pesos.
No dia 12 de julho, três colombianos foram alvos de uma operação do
Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). Foram emitidos nove mandados de
prisão temporária e 10 de busca e apreensão.
No dia 3 de setembro a Polícia Civil cumpriu 12 mandados de prisão em
uma operação que investigava a participação de colombianos em crimes de
agiotagem e lavagem de dinheiro na região do Cariri.
Conforme fonte da Polícia Civil, nos últimos anos alguns colombianos
vieram ao Brasil e há suspeita que o dinheiro trazido por eles seria fruto do
narcotráfico. Essas pessoas seriam responsáveis por lavar dinheiro.
O narcotraficante envia o dinheiro da Colômbia para o Brasil e os
"operadores" começam a emprestar o dinheiro com juros abusivos, em
torno de 20% a 25%. São empréstimos de pequenas quantias, entre R$ 1 mil a R$ 5
mil. Existe preferência pelos comerciantes, pois a cobrança é feita de forma
semanal.
"Se o sujeito não paga é ameaçado e tem a mercadoria tomada. É uma
série de formas de ameaça no mínimo escusas. É uma prática criminosa, mas é
rentável para eles. Se o sujeito empresta R$ 1 mil, no começo do mês, ele quer
R$ 1.350. Para chegar ao agiota mesmo, ele fica distante. Aqui, os colombianos
que são presos são operadores e o agiota mesmo é o narcotraficante, na Colômbia".
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