O açude Thomás Osterne, mais conhecido como Açude Umari, em Crato,
atingiu seu melhor volume dos últimos oito anos: 43,02%, segundo os dados da
Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Em abril de 2012, o
reservatório chegou a 43,40%. De lá para cá, sofreu uma queda considerável,
tendo sua água direcionada, exclusivamente, para o consumo humano, diminuindo a
produção agrícola na região, principalmente de arroz.
Segundo a gerencia regional da Cogerh na Bacia do Salgado, apesar do
bom volume, a água segue apenas para o consumo humano. Apenas numa próxima
reunião do Comitê da Sub-Bacia, que ocorre a cada três meses, poderá ampliar o
seu uso. “A próxima (reunião) estava prevista para junho, mas com a pandemia é
difícil confirmar”.
Hoje o Thomás Osterne é responsável pelo abastecimento do distrito de
Ponta da Serra, maior do município do Crato, que possui cerca de 10 mil
habitantes. Até ano passado, chegou a ofertar, por caminhões-pipa, água para
localidades dos municípios de Tarrafas e Farias Brito.
O açude Thomás Osterne barra as águas do Rio Carás, um dos afluentes do
Rio Salgado. Inaugurado em 1982, sua capacidade de armazenamento é de 28,7
milhões de metros cúbicos. No entanto, a última vez que o Thomás Osterne
sangrou foi em 2009. Antes disso, também ultrapassou o volume máximo nos anos
de 2008, 2004 e 1985.
No período que apresenta maiores volumes, o reservatório é responsável
pela irrigação e perenização do Vale dos Carás, onde estão um dos solos mais
férteis do Cariri, que vai do Crato a Missão Velha. A região já foi marcada
pela produção de arroz. Em 2004, a área plantada no município ultrapassava 800
hectares e foi colhido 1.045 toneladas do grão.
Ceará - Restando pouco mais de um mês e meio para o
fim da quadra chuvosa no Ceará, o Estado apresenta 31 reservatórios sangrando,
outros oito com volume acima de 90%. Por outro lado, 57 açudes estão com volume
inferior a 30%. O volume percentual médio dos 155 reservatórios monitorados
pela Cogerh é de 28,7%.
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