Quatro policiais militares e um empresário
respondem pelo crime - O frentista nunca foi encontrado, desde setembro de 2015
Frentista João Paulo Sousa
Rodrigues foi visto pela última vez no dia 30 de setembro de 2015
Três policiais militares, acusados de matar o frentista João Paulo
Sousa, deixarão de ser monitorados por tornozeleira eletrônica, por decisão da
Justiça Estadual, no último dia 7 de abril. Com isso, o sargento Haroldo
Cardoso da Silva e os soldados Francisco Wanderley Alves da Silva e Antônio
Barbosa Júnior irão responder ao processo em liberdade.
João Paulo foi visto pela última vez em 30 de setembro de 2015, no
bairro Parque Santa Rosa, em Fortaleza.
Imagens de uma câmera de monitoramento da região mostram uma viatura da
Polícia Militar parando e os policiais colocando o jovem de 20 anos dentro do
carro. O empresário Severino Almeida Chaves e o soldado Elidson Temóteo
Valentim também respondem ao homicídio em liberdade. As defesas dos acusados
negam participação no crime.
As defesas dos acusados negam o crime e, no caso dos policiais
militares, afirmam que a denúncia do Ministério Público não individualiza as
condutas de cada réu.
A 1ª Vara do Juri, da Comarca de Fortaleza, acatou o argumento da
defesa dos três PMs de que a manutenção do monitoramento por tornozeleira
eletrônica era “desproporcional”, já que os outros dois réus também não
cumpriam mais essa medida.
A junta de juízes determinou ainda que o sargento Haroldo e os soldados
Francisco Wanderley e Antônio Barbosa não precisam se apresentar à Central de
Alternativas Penais por 90 dias, devido ao risco de contágio pela pandemia do
novo coronavírus.
Tentativa de homicídio - Segundo os juízes, os militares eram
monitorados há mais de um ano “sem que tenham desobedecido as obrigações
fixadas por este juízo à exceção do acusado Haroldo Cardoso da Silva, que
interrompeu o acompanhamento eletrônico por ter sido hospitalizado em decorrência
de atentado contra sua vida”.
O sargento Haroldo e outro sargento da Polícia Militar foram baleados
por criminosos, em Caucaia, em 30 de setembro do ano passado. Segundo a própria
defesa de Haroldo, ele teve a “cabeça colocada a prêmio” por membros de uma
facção criminosa e sofreu sete tiros. Conforme a versão, a motivação seria “a
intensa atuação (do cliente) como policial militar”.
Crime encomendado - Conforme a denúncia do Ministério Público do
Ceará (MPCE), João Paulo foi morto a mando do patrão, o empresário Severino
Almeida Chaves, que suspeitava que o frentista recém contratado tinha ligação
com um assalto ocorrido no posto de combustíveis, durante o seu expediente. O corpo de João Paulo nunca foi
encontrado.
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