O Açude Orós, segundo maior reservatório do Ceará, saltou de 8,4% em
julho do ano passado, para 26,8% de água acumulada neste mês. O significativo
aporte hídrico, que não era registrado há pelo menos quatro anos, favoreceu a
retomada da pesca artesanal do camarão. Desde 2016, a captura do crustáceo vinha
sendo realizada de forma pontual, com variação entre uma e duas toneladas por
semana.
Para este ano, a Colônia de Pescadores de Orós estima que serão
capturados, em média, quatro mil quilos de camarão por semana, o dobro do
verificado em 2018 e 2019. O número de pescadores também aumentou. Nos últimos
quatro anos, eram 150, em 2020, ainda segundo a Colônia, serão cerca de 400. O
quantitativo se aproxima dos números de 2012 e 2013, biênio com maior volume de
captura no Orós. Neste período, eram retirados das águas do açude 80 toneladas
de camarão por semana.
A retomada da pesca está diretamente relacionada à recarga de água
conquistada ao longo da quadra chuvosa (fevereiro a maio) deste ano, que
registrou pluviometria acima da média pela primeira vez nesta década.
A renda média mensal com a pesca do camarão varia entre R$ 800 e R$ 1.100 para cada pescador.
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