Na decisão que determinava o
julgamento do caso pelo júri popular, a Justiça considerou haver indícios de
que Marcelo Barberena havia matado a filha por ela ser do sexo feminino
Marcelo Barberena é acusado de
matar a mulher e a filha
O réu Marcelo Barberena deve ser julgado pelos crimes de homicídios
triplamente qualificados da mulher de 38 anos e da filha de oito meses. A 1ª
Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) manteve a decisão de 1º
Grau que entendeu haver indícios de que Barberena matou a filha de oito meses
também pelo motivo de ela ser uma criança do sexo feminino.
O crime aconteceu em agosto de 2015, em uma casa de praia localizada na
cidade de Paracuru, litoral do Ceará. Na ocasião morreram Adriana Moura de
Pessoa e Jade Pessoa de Carvalho, mãe e filha, respectivamente. Barberena foi
preso sob suspeita de ser o assassino das vítimas e virou réu, no dia 15 de
setembro de 2015. Desde então, as partes aguardam que o júri seja marcado e
realizado.
Confissão - Quando detido, Barberena chegou a confessar
o crime. Tempos depois ele negou a primeira versão e disse ter sido forçado
pelas autoridades a se colocar como responsável pelas mortes. Na atual versão
do empresário, ele alega já ter encontrado a esposa ensanguentada quando
acordou.
O acusado também nega que não gostava da filha. Marcelo disse que ele e
a esposa já não mantinham mais relação como casal, mas as discussões não eram
motivadas pela criança.
Desde o dia 9 de agosto de 2019 o empresário está em prisão domiciliar.
Ele saiu da Unidade Prisional Irmã Imelda, em Aquiraz, na Grande Fortaleza,
após habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A instância superior considerou que Marcelo Barberena passou tempo excessivo encarcerado, sem condenação. Quase cinco anos após o duplo homicídio, o caso segue tramitando no judiciário cearense, e ainda sem data para acontecer o júri popular.
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