Edivanda de Azevedo, presa antes do início do mandato, será ouvida em procedimento administrativo de vacância de cargo
A Justiça Estadual
autorizou que a vereadora Edivanda de
Azevedo seja ouvida pela Câmara Municipal de Ibaretama, em um procedimento
administrativo de vacância de cargo. Edivanda deveria assumir a função em
janeiro deste ano, mas foi presa no fim de 2020 - já eleita - acusada de
participação em uma chacina naquele Município.
A Chacina de Ibaretama
deixou sete mortos, na localidade de Ouro Preto, Distrito de Pedra e Cal, no
Município. Entre as vítimas, uma mulher e uma criança. Sete pessoas são réus na
Justiça pela matança, inclusive a vereadora e familiares.
A Vara Única Criminal
de Quixadá acatou o pedido da Câmara Municipal de Ibaretama de ouvir Edivanda
de Azevedo, na última segunda-feira (26), "tendo em vista procedimento
administrativo de vacância de cargo de vereadora, para que seja totalmente
garantido o direito de ampla defesa e contraditório da representante
devidamente eleita pelo povo em novembro do ano de 2020".
A vereadora será ouvida
no dia 4 de junho de 2021, às 10h45, por meio de videoconferência, devido a
atual situação da pandemia de Covid-19, segundo a decisão judicial. Edivanda
está presa no Instituto Penal Feminino Auri Moura Costa (IPF), em Aquiraz,
Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Familiares da vereadora também são réus - Familiares da vereadora Edivanda de Azevedo também são réus pela Chacina
de Ibaretama: os filhos Victor Azevedo Lima e Kelvin Azevedo Lima; o irmão
Edvan Lopes dos Santos Azevedo; e o enteado Josenias Paiva Lima de Andrade. A
defesa da família nega participação no crime e alega que faltam provas na
acusação do Ministério Público do Ceará (MPCE).
Completam o rol de réus
Wandeson Delfino de Queiroz, conhecido como 'Interior', apontado pela Polícia
como líder de uma facção criminosa carioca e como comandante da matança - que é
o único acusado que segue foragido; e João Paulo de Oliveira Campelo, acusado
de integrar a mesma facção.
Conforme a denúncia do
MPCE, Edivanda e os familiares tinham conhecimento e deram apoio à ação
criminosa.
A família teria
ordenado a chacina como represália a um roubo a uma residência, em que as
vítimas da matança, supostos integrantes de uma facção cearense, teriam
participado. Além disso, era de interesse da vereadora acabar com os assaltos
recorrentes na região, que é reduto político da mesma.
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