Jurandir de Oliveira, de 23 anos, é investigado por diversos crimes, incluindo a morte de duas irmãs no último mês de julho, em Caucaia
Foi preso nesta
quinta-feira (2) um homem apontado como chefe de facção criminosa em Caucaia,
Região Metropolitana de Fortaleza, e que trabalhava em conjunto à traficante
Francisca Valeska Pereira Monteiro, conhecida como Majestade, capturada em
agosto.
Jurandir de Oliveira Campos Filho, de 23 anos, conhecido como "Didi da
Catuana", era considerado foragido por diversos crimes, como homicídios,
integrante de organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo e tráfico de
drogas. Um dos casos com envolvimento de Jurandir é a execução de duas irmãs na
frente dos próprios pais, em julho deste ano.
Ele também pode estar envolvido nas mortes de três homens, cujos corpos foram
encontrados na noite desta quarta-feira (1º). As vítimas eram Pedro Leal da
Silva, de 53 anos, Keilon Martins da Silva, 23 anos e Kearney Martins da Silva,
25 anos, pai e dois filhos vindos de São Paulo.
Ainda de acordo com levantamentos policiais da Polícia Civil do Estado do Ceará
(PC-CE), Jurandir seria responsável pela comercialização de entorpecentes e
crimes nos Bairros de Catuana e Sítios Novos, em Caucaia. Ele foi localizado e
preso na casa da própria mãe. Jurandir foi conduzido para a Delegacia
Metropolitana de Caucaia (DMC), onde foi cumprido mandado contra ele. A PC-CE
segue apurando o envolvimento dele em crimes de homicídios na região.
Parceria com Majestade
Segundo a PM, o próprio
Jurandir confessou após a prisão que trabalhava para Majestade e era
"batizado" no mesmo grupo criminoso. Ela mantinha contato com ele
para tratar sobre logística e distribuição de drogas.
"Majestade" foi presa em agosto quando estava de férias em Gramado,
no Rio Grande do Sul. A jovem foi depois levada a Fortaleza.
Majestade tem antecedentes criminais por roubo, associação criminosa, crime
contra a fé pública e tráfico de drogas. Também é suspeita de fazer o controle
financeiro e da distribuição de áreas do tráfico de drogas em Fortaleza e na
Região Metropolitana.
Conforme as investigações da Polícia Civil, enquanto os membros e grupos
criminosos disputavam territórios, o que resultava em homicídios, a mulher
aproveitava as férias no sul do país.
Morte de irmãs
Jurandir é investigado
também por ser o mandante do assassinato de duas jovens em julho deste ano. As
duas irmãs, de 19 e 21 anos, foram mortas a tiros na presença dos pais e na
casa onde moravam com a família no distrito de Sítios Novos, na cidade de
Caucaia.
Conforme a Polícia Militar, um grupo com cerca de quatro homens, armados com
escopeta e outras armas de fogo, invadiram a residência em busca das jovens. Ao
perceberem a ação, as mulheres conseguiram correr e se esconderam no quintal da
casa.
Os suspeitos ficaram cerca de 15 minutos na residência e ameaçaram matar toda
família, caso não informassem o paradeiro das jovens. Em determinado momento,
segundo a PM, os criminosos escutaram um "barulho estranho" no
quintal.
Ao checar o motivo do barulho, o grupo encontrou as irmãs tentando fugir do
local e atirou contra elas. As vítimas foram atingidas com disparos na cabeça e
na boca. Uma das irmãs ficou com o rosto desfigurado. Após o crime, os
suspeitos fugiram. Os pais das mulheres não ficaram feridos.
Pai e filhos mortos
Ainda segundo a PM, há a possibilidade de Jurandir também
estar envolvido na morte de três homens cujos corpos foram encontrados na última
quarta-feira (1º). Embora a relação não esteja confirmada, os três foram mortos
na área onde atua o grupo criminoso chefiado pelo preso.
Nesta quarta-feira (1º), os corpos de um homem e seus dois filhos foram
encontrados com marcas de tiros em uma estrada na localidade de Catuana, em
Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza.
Segundo familiares, as vítimas, que estavam desaparecidas desde 28 de novembro,
vieram de São Paulo para o Ceará recentemente para prestar serviço a uma
empresa no Porto do Pecém.
A identidade das três vítimas foi confirmada por Tamires Leal, mulher de um
deles e madrasta dos dois jovens. Tratam-se de Pedro Leal da Silva, de 53 anos,
Keilon Martins da Silva, 23 anos e Kearney Martins da Silva, 25 anos. A Polícia
Civil está investigando o caso.
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