Além de afastar o PM suspeito de matar o jovem, a Controladoria
abriu sindicâncias para investigar policiais militares e civis que, a priori,
estariam na delegacia de Camocim no momento do homicídio
A Controladoria Geral
de Disciplina (CGD) abriu investigação contra o delegado da Polícia Civil
e o escrivão que estariam presentes na delegacia no momento em que um jovem de
19 anos foi morto dentro da Delegacia Regional de Camocim, na madrugada do
último domingo, 9. O suspeito do crime, soldado da Polícia Militar George
Tarick de Vasconcelos Ferreira, foi afastado das funções preventivamente.
Além disso, foi aberta sindicância contra sete policiais militares que estavam
envolvidos na condução de Matheus Silva Cruz à delegacia, após confusão em
boate envolvendo ele o PM Tarick.
O soldado da PM
suspeito do crime está recolhido no Presídio Militar. A confusão entre ele e
Matheus teve início em uma boate localizada em Camocim, onde os dois teriam
brigado. Matheus foi encaminhado à delegacia por uma composição da Polícia
Militar, e o soldado foi ao local em carro próprio.
Ao chegar na unidade da Polícia Civil, o PM teria entrado na delegacia e
realizado os disparos contra Mateus, que morreu no local. O policial relatou,
em depoimento, que agiu em um momento de fúria e que se arrepende de ter
cometido o crime.
O policial disse que Matheus o ameaçou dizendo que "sabia onde o PM
morava", citando a esposa do PM e a criança do casal.
O policial foi fotografado na ocorrência com diversas lesões, no rosto e pelo
corpo, que teriam sido resultado das agressões realizadas por Matheus e amigos
do jovem. Matheus possuía antecedentes criminais por desacato e uso de drogas,
no entanto, não há confirmação se o policial e ele já haviam entrado em
conflito anteriormente.
Em vídeo, a família de Matheus cita um tenente, que também está apontado na
sindicância, afirmando que este teria envolvimento no caso. O oficial, por sua
vez, disse que tentava apaziguar a briga e afirmou ter registrado um Boletim de
Ocorrência (B.O) contra os parentes do jovem, pois estava sendo acusado de algo
que não fez.
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