APÓS ESFAQUEAR O EX-NAMORADO
A agente da Polícia
Civil do Distrito Federal (PCDF) Rafaela
Luciane Motta Ferreira, 40 anos, presa após esfaquear o ex-namorado, tentou
se enforcar dentro de uma cela no Presídio Feminino do Distrito Federal (PFDF),
no Gama. A servidora, que está na Ala de Tratamento Psiquiátrico (ATP), usou um
pedaço de barbante e dois elásticos usados na sustentação de um dos varais do
presídio.
No último dia 2, uma policial penal encontrou Rafaela no momento em que ela
tentava se enforcar após amarrar a corda artesanal no alto do treliche que
ocupa a cela. Os servidores socorreram a agente e a levaram para a enfermaria.
Depois a encaminharam para a 14ª DP (Gama), onde foi ouvida em termo de
declaração. Apesar da tentativa, a policial não sofreu lesões graves no
pescoço.
A policial penal que socorreu Rafaela chegou a dizer que ela não estava com o
corpo suspenso durante a tentativa de enforcamento. A agente afirmou que passou
a ter pensamentos suicidas e não gostaria de ficar sozinha na cela. No entanto,
servidores relataram que a agente faz uma série de pedidos e fica contrariada
quando não é atendida imediatamente.
Entenda - A agente foi presa pela PCDF em 28 de
novembro do ano passado por agredir o ex-namorado. Ela havia deixado uma carta
contendo diversas ameaças a ex-companheiros. O material foi apreendido. O
texto, suspostamente escrito pela agente, revela parte do perfil agressivo de
Rafaela.
Em determinado trecho da carta, ela cita que vai pegar o celular de um dos
homens. Em seguida, escreve que planeja furar os quatro pneus, riscar a lataria
e colocar fogo no carro de outro. A mulher detalha que quer matar um
ex-namorado por envenenamento. Também diz pretender incendiar a moto de outro
homem, para que ele pudesse “sofrer em vida” e posteriormente também morrer
envenenado.
No texto, Rafaela também ameaça os familiares dos companheiros e afirma que
um deles vai ver o “corpinho do papai ir pro saco”. Ela pontua que perseguirá o
homem até que “ele enlouqueça”. Ainda na carta, garante que “vai pagar quantos
assassinos de plantão forem necessários para acabar com a vida de todos eles.
Um por um”.
“Vou colocar maconha na tua mochila, e a PM vai te pegar. Você vai ter um
tráfico, meu amor, nas tuas costas. Aguarde e confira. E ainda será no dia do
meu plantão. Terei o maior prazer em escrever a ocorrência”, ressaltou.
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