Proposta de punição a policial youtuber ainda precisa ser
analisada pelo governo Rodrigo Garcia
Uma nova proposta de
demissão do delegado Carlos Alberto da
Cunha, 44, conhecido por "Da Cunha", foi aprovada pelo Conselho
da Polícia Civil de São Paulo. A informação foi divulgada pelo jornal Folha do
São Paulo.
A penalidade acontece por conta de declarações contra integrantes da cúpula da
instituição, incluindo o ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. O processo
administrativo será enviado agora para a Secretaria da Segurança e, na
sequência, ao governador Rodrigo Garcia (PSDB), que pode exonerá-lo.
Da Cunha está afastado da polícia para
concorrer a deputado federal pelo PP.
Em março deste ano, após retornar à polícia após um período de licença, ele
afirmou que tinha cometido erros, sem especificar os que havia cometido.
"A polícia está precisando de gente e estou aqui para dar o suor pela
polícia. Independente do setor. As más
criações que eu fiz... erraram comigo e eu também errei. Então, elas ficaram
para trás. Então, essa história de que eu só trabalho na operação, que eu só
sirvo para operação, isso é coisa de estrelinha. Se eu errei assim lá trás, não
vou errar mais", afirmou nas redes sociais na ocasião.
PROCESSO JULGADO - O processo
administrativo julgado nesta quinta-feira se refere, de acordo com delegados
ouvidos, a insultos declarados no ano passado, principalmente contra o então
delegado-geral. Entre as ofensas, ele teria chamado os chefes de
"ratos".
O delegado divulgou uma série de vídeos sobre a prisão de um suposto chefe
do PCC, apelidado de Jagunço do Savoy, assunto que rendeu mais de 30 milhões de
visualizações.
A prisão teria sido criada por Da Cunha para ganhar mais seguidores,
segundo os colegas, pois o suspeito apenas teria o mesmo apelido de um dos
integrantes da facção. Não há previsão
para que o governador possa analisar as propostas de demissão.
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