segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Arma de PM vítima de latrocínio foi vendida por R$ 6 mil

Valor teria gerado conflito entre os integrantes da organização criminosa apontada como responsável pelo crime

O policial militar foi morto a tiros e teve a arma roubada

A pistola calibre .40 roubada do policial militar da reserva José Hamilton Carlos de Oliveira, vítima de latrocínio (roubo seguido de morte), foi vendida por R$ 6 mil e a divisão dos valores causou um conflito entre os integrantes da facção que participaram do crime, em Fortaleza.
As investigações apontaram que a articulação do crime foi feita por Francisco Roberto Gomes Oliveira Sena Junior, o Betinho. Ele é considerado pela Polícia Civil como o "frente" da facção Comando Vermelho (CV) no bairro Bonsucesso. O militar da reserva fazia serviços de segurança na loja de peças de bicicletas do bairro e, essa informação chegou a Betinho, que planejou o roubo da arma do policial.
No dia 18 de março, os criminosos chegaram no local do crime em um Siena roubado com placa de outro veículo. "Foram para cima dele, o PM não teve tempo de reagir. Dois desembarcaram do veículo e realizaram os disparos que ceifaram a vida da vítima, que morreu no local". Betinho colocou Francisco Douglas Medeiros Ferreira para dirigir o carro. Os outros dois que cometeram o delito são Cicero Araújo Marques dos Santos e um adolescente de 17 anos, que desembarcaram do carro e ceifaram a vida da vítima".
Depois do crime, Betinho foi preso por força de mandado de prisão e a esposa dele, Sandilla Ketelen Alves de Oliveira, ficou responsável pela venda arma de fogo. O conflito entre os integrantes da facção teve início quando Sandilla informou que a maior parte obtida pela venda ilegal da arma de fogo seria dela, pois o esposo foi preso. Os outros integrantes da organização criminosa discordaram da ação e alegaram que o combinado é que o valor seria dividido de forma igual.
Conforme as investigações, a mulher teria vendido a arma por R$ 6 mil, valor considerado abaixo do esperado pelos criminosos, e teria justificado o preço pela dificuldade em repassar a pistola. A mulher teria argumentado que a comunidade tinha conhecimento que a arma era de um policial militar, que Betinho foi preso e que a Polícia estava nas buscas dos outros envolvidos. As informações foram obtidas pela Polícia Civil após autorização judicial para acessar os dados dos aparelhos dos celulares dos suspeitos.
Cicero foi o segundo a ser preso, em seguida Sândila e o adolescente de 17 anos, que foi apreendido no domingo, 11, com apoio da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). A Polícia Civil agora trabalha para descobrir para quem a arma foi vendida. Sândila afirmou, no interrogatório, que só falaria em juízo, no direito de permanecer em silêncio.
Quando indagados sobre ter matado o agente de segurança, os interrogados afirmaram que a vítima fez menção de sacar a arma quando eles o abordaram. Os suspeitos foram indiciados por latrocínio (roubo seguido de morte).

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